Ela tinha tudo para dar errado!
Ainda mal tinha começado a sua juventude e
já esta era interrompida abruptamente.
Em boa verdade acho que ela tinha tudo para
dar certo, mas acabava sempre por fazer as coisas ao contrário.
Podia ter continuado a ser uma aluna
excelente, mas preferiu ser preguiçosa. Não precisava estudar muito para ter
notas razoáveis e notas razoáveis chegavam para quem andava a estudar por
estudar.
Podia ter terminado o liceu mas no primeiro 11ºano achou que não fazia
mal nenhum ficar algumas vezes com os amigos pelo café. Tinha boas notas e os
professores iriam perdoar. Correu mal! Leu Os Maias durante as férias da páscoa
e quando chegou à escola estava chumbada por faltas. Ela nem gostava muito de
ler...Talvez por isso aquele seja um dos livros mais marcantes da sua vida.
Durante a primeira fase da sua vida foi
assim, vendo passar o tempo.
Levava a vida tranquilamente. Não sabia o queria
fazer no futuro e isso libertava-a de certas preocupações, como os estudos.
Tinha amigos, uns trocos para café e
cigarros e não arranjava confusões em casa e na rua. Nada fazia prever o que
veio a acontecer.
Ela achava que mal nenhum lhe podia
acontecer, não fazia mal a ninguém e não havia razão para ser castigada. Por vezes
brincava mesmo com a sorte. Até ao dia em que o chão se abriu debaixo dos pés e
se viu numa queda, desamparada, sem fim a vista…
***
Os bebés são seres adoráveis e enchem de
alegria qualquer casa. No entanto também podem ser um grande problema, uma
tragédia, um inconveniente… principalmente quando os pais são jovens e não têm
a mínima vontade de partilhar uma casa. Aliás, porque haveriam de pensar em tal
coisa com uma juventude toda para viver?
Ela tinha tudo para dar certo, mas brincou
com a sorte.
A sua maior desgraça é hoje a sua maior
alegria, fonte de inspiração, motivo para viver e lutar por dias sempre
melhores, companhia, razão para levar uma vida o mais correcta possível (educar
com exemplos e esconder bem qualquer desvio) e o seu maior desafio. Mas nem
sempre foi assim…
***
Depois de se ver em queda livre, adormeceu
num sono estranho. Um choque que lhe causou uma inércia total, uma sensação inexplicável.
Sem vontade de viver, sem noção de nada,
fez tudo que lhe disseram, o que era suposto fazer nestes casos.
Bem, o caso dela é como tantos outros e
realmente aconteceu o que era suposto. Uma separação… mais tarde.
Foram precisos quatro anos para cair no
chão e começar a perceber o que se tinha passado com ela. Estava tudo errado,
estava tudo um caos.
Durante este tempo todo, a única coisa boa
que conseguia ver era o facto de estar empregada, na sua aldeia, a poucos
metros de casa e do infantário do filho. Que sorte teve! Nem procurou. Tinha o
filho dois meses quando lhe bateram a porta para oferecer trabalho. Trabalho
esse que mantém a quase uma década.
O Jogo mudou.
Agora, tinha tudo para dar errado.
Ela tinha tudo para dar errado.
Podia ser mais uma mãe desesperada,
incompreendida, revoltada e amargurada, mas a vida tinha outros planos para
ela.
Ela podia ter dado ouvidos aos mexericos e
malditos e enfiar- se em casa a fazer bordados para enfeitar paredes, levar uma
vida tranquila, ser invisível e ficar fechada em casa a lamentar-se. Assim
ninguém ia falar, ninguém se ia lembrar, ninguém se ia importar.
Ela disse, “Basta!! Agora quem cuida da
minha vida, sou eu.” Não é um processo fácil quando não se sabe o que se quer.
Ela podia ficar em casa apática, a fumar
cigarro atrás de cigarro, a olhar para as chamas na lareira, a ver a madeira
transformar-se em cinza, a ver a sua vida queimar sem tirar proveito nenhum…
Ela nem acabou o liceu e isso começava a
pesar-lhe na consciência. Senão tivesse chumbado aquele ano por faltas... Podia
ter feito o 12ºano sem grandes problemas, mas ficou a um ano de terminar o
liceu e isso era a sua marca, o seu falhanço. (agora as metas já tinham alguma
importância). Sem estudos, sozinha, com um filho para criar e educar, numa
aldeia sem futuro… podia não dar errado mas não ia ser bom de certeza.
Que futuro a esperava?
Descobriu então que existia uma
possibilidade de completar os estudos, algo chamado Novas Oportunidades. Caso
aproveitasse ficaria com equivalência ao 12ºano. Nem pensou duas vezes, estava
na hora de voltar a aprender e por o cérebro a funcionar.
Estava tão enganada! Não aprendeu nada de
novo.
Ela não aprendeu nada de novo, mas esta
etapa mudou a sua vida para sempre.
Como todos os que passaram por este plano,
teve de escrever um “livro”, falando da sua vida e suas competências.
Todo este processo acabou por ser de certa
forma terapêutico. Voltar atrás no tempo, mexer em memórias, reviver a sua vida
antes de todo aquele pesadelo fez-lhe bem. Também foi fundamental ter alguém a
dar-lhe valor e incentivo para acordar para a vida e dar uso às suas
capacidades, foi renovador. Ela gosta de pensar como reagiria o professor se
soubesse que agora tem um blogue, que gosta de ler e escrever, que saiu de casa
e se envolveu na comunidade e já
consegue ter um discurso mais claro (sim porque a mente dela é cheia de frases
sem ligação, pensamentos desarrumados e não se conseguia exprimir).
A menina que entrou na sala pela primeira
vez sem falar, alheada do mundo, saiu renovada e cheia de vontade de mudar o
seu rumo.
Ela gostava de ficar sentada à lareira a
fumar e contemplar as chamas, mas um dia fartou-se. Decidiu sair de casa e
mostrar-se ao mundo, mostrar que era capaz, que queria deixar uma marca e
sentir-se bem na comunidade. Não era nenhuma doida varrida e muito menos
coitadinha. Bem, fazia alguns disparates mas era muito mais que isso.
Ela podia ter ficado sossegadinha em casa a
ver Tv com o filho, mas decidiu juntar-se a um grupo de jovens que achava que
podia fazer coisas extraordinárias na comunidade; passou a ajudar o pai no grupo coral (duvido
que se converta, mas faz o seu papel com muito respeito e empenho); criou com
um amigo um grupo para ensinar jovens a tocar viola ( (A)CORDA) e com o tempo
foi descobrindo o seu lugar na comunidade.
Todas estas tarefas interferiram com a sua
vida e foi preciso algum sacrifício e método para não falhar com as suas
responsabilidades.
Durante todo este tempo cresceu imenso.
***
Os últimos anos que passaram foram tão
confusos… Mudei tanto…
Também cometi alguns erros e confesso que a maioria não
me arrependo. Não são eles que me definem. Não sou o que passei e sim o que
superei. Fazer as pazes com o passado é fundamental.
Descobri no meu filho, na música, na
leitura e na convivência com os outros, o segredo para me manter firme... Dedicação! Dedicar-me a tudo e todos que gosto, dá-me alegria e energia. Tudo fica mais
fácil de suportar e deixamos de inventar problemas. Deixei de ser má companhia
para mim.
Deixei também de fumar e agora já não
consigo estar muito tempo a olhar para a lareira, a não ser que me perca a ler
um livro. Os livros são a minha nova companhia, terapia e inspiração.
Descobri há pouco tempo este mundo
maravilhoso da literatura e para meu orgulho já contagiei o meu filho (o
Pirata)
Descobri uma nova paixão. Descobri também
que é impossível juntar muito dinheiro quando se gosta tanto de livros. Mas não
está mal, troquei cigarros por livros.
Quero agradecer o Fiacha por me desafiar.
Agradecer a todos os que leram este texto até ao fim. É um pouco grande mas não é fácil resumir uma década de vida. Foi intensa.
Estava com algum receio de escrever, mas é
um prazer partilhar este bocadinho de mim aqui. Já me sinto parte deste
Universo Fiacha. Tenho aprendido muito com todos.
Obrigado!
Podem conhecer as minhas leituras e outras aventuras no meu blogue A
Guerra dos Sonos em http://aguerradossonos.blogspot.pt/
(ás
vezes as pessoas ficam viciadas em séries e travam grandes batalhas com o sono,
depois dão nomes estranhos ás coisas :P)
Também tenho a página no facebook, esta um pouco mais movimentada https://www.facebook.com/aguerradossonos
Espero que tenham gostado. Aceito criticas.
Boas leituras.
Beijo ;)
Olá Cátia,
ResponderEliminarAntes demais obrigado por aceitares este desafio e deixa-me dizer-te que acredito tenha sido necessária muita coragem para partilhares estes momentos dificeis que passaste na tua vida :)
Depois é como referes já fazes parte deste espaço e nada tens que agradecer, pelo contrario eu é que agradeço pois acaba por ser uma mais valia para o blog, acabando por diversificar um pouco e claro já sabes que conto um dia ver mais uma mensagem tua e sabes do que falo, mas desta vez não quero ler o texto, pois tal como os seguidores gosto de ser surpreendido ehehe
Não é fácil viver numa zona tão linda mas tão deserta, mas tem as suas virtudes como é obvio e tenho adorado de ler algumas decobertas e inciativas que tens partilhado no teu blog, como sabes :)
Quanto à situação que passaste, infelizmente acontece com muito jovem casal, quando nasce uma criança tudo modifica e se não formos fortes a vida pode mesmo ir muito abaixo.
Acredito que alem da tua grande força de vontade e na pessoas que és, acabaste por encontrar forças para seguir em frente, com ajuda da familia acredito e só tens que te orgulhar no que acabaste de conseguir.
Já te admirava, não e necessáro estarmos aqui com lamechas ehehe, mas acredita ainda te fiquei a admirar mais pela pessoa que és, continua a ser sempre assim e toca a seguir em frente, tudo o que tens mereces e mais importante que tudo és feliz com o teu pirata :)
Obrigado pela partilha desta mensagem amiga :)
Bjs e tudo de bom, manda sempre que estás em casa e nada tenho a criticar :)
PS: ai o deixar de fumar faz bem à saude mas a nossa bariguinha eheheh
Olá. Respondi mais a baixo
EliminarSono.. :P
ahaha estou a ver que sim a guerra dos sonos começou, eu respondo lá então eheheh :D
EliminarOlá :)
ResponderEliminarE é com testemunhos como este que temos a prova de que nem tudo o que um dia é mau faz com que a nossa vida seja má. :) E porque nem sempre é fácil pôr em palavras aquilo que sentimos, os meus parabéns por este textinho que conseguiu chegar a mim :).
E não podia concordar mais com a mudança de vício!
Boas viagens,
Rosana
http://bloguinhasparadise.blogspot.pt/
Olá!
EliminarObrigado e ainda bem que gostaste.
Há sempre uma oportunidade ;)
Bjos
Olá Fiacha.
ResponderEliminarObrigado por estas palavras. São motivadoras.
Escrever ajuda a arrumar os pensamentos e gostei de escrever este texto.
É bom olhar para trás e ver que o mal está arrumado e ultrapassado. Tenho sempre receio de me elogiar, mas confesso que tenho muito orgulho de ter chegado onde cheguei e sempre que me sinto desanimada penso em todas as conquistas. Muitas nem sei como consegui, mas não importa, tem corrido bem ;)
Deixar de fumar não foi fácil. Precisava de me desafiar e o Pirata ajudou muito, já era ele que me envergonhava sempre que acendia um cigarro. Punha-se a tossir e queixar do cheiro, fazia-me sentir mesmo muito mal. É um fixe :P
Beijinho
Não tens nada a agradecer, isto é.....amizade e acredita sinto muito orgulho e satisfação quando vejo os seguidores a aceitarem desafios que lanço e este gostei muito, é um exemplo de coragem :)
EliminarSim por vezes sabe bem recordar o que passsamos, ajuda a seguir em frente, tinha muito para comentar neste texto, mas a guerra dos sonos chega a este lado, as aulas de musica 8bela foto com a viola na natureza ;) ), o pirata(olha o ar dele feliz ali num local que deve ser lindo, para ti pode ser só pedra, mas é lindo), tanta coisa interessante para comentar, mas cá voltarei :D
Bjs
Aquela foto do pirata tirei em Belmonte este mês! A minha é aqui na Erada quando era ruiva :P
EliminarQuando criei o blogue, era para escrever este género de coisas. Tinha insónias, a minha mente não parava e precisava gritar. Depois comecei a ler e acabou por ser um diário de leituras. Ler acaba por me cansar e escrever sobre livros é bem mais fácil :)
Olá Cátia
ResponderEliminarDepois de ler o teu texto, fiquei um pouco sem... (se a falar ficamos sem palavras, a escrever ficamos sem letras? :) ) sem saber bem o que comentar.
O que acabaste de fazer, ao escrever estas linhas, foi um acto de grande coragem e de grande responsabilidade.
Soltares para fora um grito de renascimento, um grito de liberdade e de crescimento pessoal e partilhá-lo com todos nós, é fantástico e demonstra o grande carácter que tens.
Adorei conhecer-te melhor e tens ainda um longo caminho pela frente. Enche-o de alegria com o teu pirata, vive a vida como já bem sabes e espero que sejas muito feliz.
Tudo de bom amiga e sorri pois a vida é um pulinho e lá mais para a frente é bom sentirmos que a vivemos com todo o nosso ser e querer.
beijinhos
Olá.
Eliminar"(se a falar ficamos sem palavras, a escrever ficamos sem letras? :)" Gostei!!
Obrigado pelas palavras
Para ser sincera eu pensei bastante antes de escrever. Já tentei algumas vezes para o meu blogue mas não tinha coragem. Não me magoa falar do passado, pois já lá vai e felizmente tenho tanta coisa boa agora para me sentir bem, mas receava as opiniões. Por vezes sinto que as pessoas estão tão habituadas a queixar-se que quando sou positiva me olham com espanto, como se tivesse dito algo errado.
É viver com calma!
E em relação ao texto concretamente? Por vezes desisto de escrever porque me enrolo toda e não consigo ser clara. É mais fácil comentar livros :)
Beijinho
Não desistas de escrever se gostas de o fazer, para ser sincera, não vou dizer que o teu texto está perfeito, mas está muito bom para quem escreve há pouco tempo. é escrevendo, e voltando a escrever e tornar a escrever sempre sobre um tema ou outro, uma história para o pirata, um desabafo no blogue, um comentário de um livro, e é assim que se vai aperfeiçoando.
EliminarTodos nos enrolamos ao ínicio, todos temos brancas a meio de um texto "Oh meu deus e agora o que vou escrever!!" mas é seguir em frente.
Beijinho
Obrigado pelas dicas ;)
EliminarOlá Catia!
ResponderEliminarQue testemunho tão bonito. Gostei muito de o ler. Parecia um conto. Um conto com um final feliz.
Fico feliz por teres ultrapassado as tuas dificuldades ou pelo menos aquelas que era importante para ti serem ultrapassadas.
E parece-me que nem tudo foi mau. Tens o teu pirata. É um tesouro sem preço.
Acredito que nalguma altura da tua vida te tenhas sentido perdida. Mas soubeste dar um novo rumo à tua vida.
Acho que foi normal o facto de te teres isolado. Não vivêssemos nós numa aldeia em que as pessoas têm a língua comprida e afiada.
De facto não me recordo muito de ti. Acho que sempre foste pacata e reservada. Mas eu também era e confesso que nunca me senti a 100% integrada. Não era a minha terra. Custou-me um pouco. Até porque deixei uma aldeia onde estava completamente integrada.
Tenho pena de não te ter conhecido melhor. Lembro-me de ti no baptizado do Martim. E achei-te muito simpática.
E estou bastante curiosa por ver as mudanças. Se estivesse aí queria aprender a tocar viola. Como eu gostava de aprender. Mas tenho receio. Não sei porque mas acho que é areia a mais para a minha camioneta.
Acho que não sabes mas até me casar andei no coro da igreja, nos escuteiros, grupo de jovens etc. Nunca fumei, não gostava de discotecas e bares. Álcool? Não Obrigada. E mesmo assim não fiz tudo perfeito. Hoje em dia teria feito muita coisa diferente. Isto tudo para te dizer que ninguém é perfeito. Toda gente comete erros. Temos é que saber corrigi los. Ah! A primeira borracheira que apanhei foi na festa da erada com vinho abafado. Lembraste do pipo do Ribatejano. Ai jesus!
Um último pormenor. O teu pirata também já gosta de livros. Sabes o que me diz o Martim quando estamos em conflito? -NÃO GOSTO DE LIVROS! Dá me vontade de rir. Porque algo no meu instinto me diz que vai ser o oposto.
Mais uma vez adorei minha querida. Desejo-te muitas felicidades. E que continues com esse espírito. Até breve! Sim espero poder ir aí em breve. Parece que estou aqui a décadas. Ainda preparamos uma surpresa ao corvo. Rsrsrs
Beijinhos
Ois Luisa,
EliminarEstejam à vontade para fazer uma surpresa eheheh, na vossa zona há muito medronho, uma garrafinha de aguardente de medronho não era nada mau eehehe, ou cabrito no forno :D
Olá Luisa.
EliminarFico contente por teres gostado.
Eu tentei escrever em forma de conto. Não queria fazer um relato e escrever na terceira pessoa é bem mais fácil quando o assunto mexe tanto comigo.
Também só te conhecia de vista, do infantário. É estranho numa aldeia com tão pouca gente... Mas concordo contigo, aqui é só línguas afiadas e por vezes é complicado. Eu aprendi a ignorar, tenho noção do meu valor e se criticam algo que fiz de errado tento nem defender, nem alimentar. Deixo falar. Vão falar sempre.
Claro que lembro do vinho abafado, do pipo do Alentejano :D!! Mas não fiz proveito nenhum, foi nessa fase turbulenta e nem me divertia nas festas.
Olha podias tentar aprender a tocar viola, o básico não é complicado. Depois depende sempre do tempo que lhe dedicas. Eu sei o básico, tenho algumas noções de musica mas não tenho muito tempo para aperfeiçoar. Entravas para o convívio!! Foi bem fixe ensinar a Silvie a tocar cavaquinho :) nem eu sabia muito bem o que fazer e acabamos por aprender juntas.
Quando voltares combinamos alguma coisa.
Obrigado pelas palavras
Beijinho
Olá Cátia e Fiacha,
ResponderEliminarÉ como se costuma dizer a vida dá voltas e voltas.
ainda bem que conseguiu arranjar forças para superar tudo o que a vida lhe fez passar.
às vezes ponho-me a pensar que as pessoas assim com garra são especiais e que nunca devem desistir.
Para além de ter uma grande coragem para conseguir admitir os seus erros, aprender com eles e fazer disso uma lição.
Os meus sinceros parabéns!!!
Beijocas
Olá Angelina,
EliminarA vida dá mesmo muitas voltas e ensina-nos muita coisa. Acho que só tendo noção dos nossos erros podemos seguir em frente, com mais cuidado.
Tudo de bom para ti ;)
Beijinho
Uma história cativante. A vida dá-nos sempre lições difíceis, mas é apenas para nos mostrar que somos fortes. Parabéns pelo texto, está muito bom.
ResponderEliminarBeijinhos
Olá Mel,
EliminarObrigado. Fico contente que tenhas gostado do texto.
No meu caso, tornei-me forte durante este tempo. Algumas coisas nem sei bem como ultrapassei, mas já lá vai. :)
Beijinho
Grande Mulher! (com M bem grande), o testemunho está muito bom, Parabéns e continua em frente :)
ResponderEliminarAbraços
Olá Luis,
EliminarObrigado :D,
É um M de Madura. Com 18 anos era uma tolinha ainda e agora já sou mão e "psicóloga" do meu filho. Agora é uma nova fase e vamos ver se estou a altura ;)
Beijinho
*mãe :P
EliminarÉ sempre bom conhecer testemunhos de pessoas com mais experiência que nós mesmos, gostei mesmo, e ainda bem que está tudo a correr bem :)
EliminarBeijinhos
Olá Cátia :) há quem diga que isto "é a vida" :) é verdade...a vida é um enlaço de destino, com essência de livre arbítrio e fios de consequências, boas e más a torcer-nos até ao limite. Acredito que os nossos passos nos encaminhem para o lugar certo, ainda quando, tenhamos de pisar solo pouco firme. Por vezes passamos por momentos que parecem derrubar-nos quando na verdade, foram exatamente esses momentos que nos fizeram erguer e descobrir-nos a nós próprios. Obrigada por partilhares connosco o teu testemunho. Foi a tua história. Podia ser a história de uma outra pessoa qualquer, ou apenas uma história de um livro, de tão cativante que ficou a tua escrita. Desejo-te tudo de bom e também para o pirata que, pelos vistos, gosta e começa a navegar pelos vastos mares das belas artes :D Beijinho grande :)
ResponderEliminarOlá Carla.
EliminarConcordo contigo. A vida é feita de altos e baixos. Se eu com 18 anos não sabia nem pensava o que fazer da vida, ela deu-me que fazer.
Agora nem a imagino de outra forma.
Já comentei leituras no meu filho, no meu blogue. A ultima foi ele que me pediu para escrever sobre ele. Fico orgulhosa. Os primeiros livros que gostou a sério foram de BD, Garfield, Mafalda e Fox Trot, é um miudo divertido e gosta de humor :)
Ainda bem que gostas-te do texto.
Beijinho
Que testemunho, dá que pensar.... Conheço algumas raparigas na minha terra que passaram por situação parecida e posso dizer que só uma soube gerir a vida e tornar-se uma verdadeira mãe. E era bem novinha quando tudo aconteceu, nem no liceu estava, ainda.
ResponderEliminarQuanto às restantes, praticamente passaram os filhos para as avós... Mas são casos, claro. E nem todos somos iguais. Acho que só uma mulher forte consegue erguer a cabeça (das dificuldades, do preconceito e das cusquices típicas de meios mais pequenos) e dar a volta por cima nestas situações.
E já agora, parabéns pelo texto. Está muito bem escrito :)
Olá.
EliminarAinda bem que gostaste do texto ;)
É como dizes, cada caso é um caso. Jovens nesta situação precisam de muito apoio. Mesmo para as avós não é uma situação nada fácil de gerir. A minha mãe fez questão que eu assumisse a minha responsabilidade e muita vez me senti revoltada e abandonada. Nem vontade de cuidar de mim tinha. Ela ajudava mas fazia sempre questão de me dizer que eram responsabilidades minhas. Foi duro, mas ajudou-me a crescer. São situações complexas.
O meu filho tinha 3 anos quando me separei e até aí ele não tinha regras nenhumas, era muito nervoso e eu não sabia mesmo o que fazer. Falei com a médica e ela encaminhou o meu filho para uma psicóloga, mas quem fez terapia fui eu :D, ensinaram-me a lidar com ele e a educá-lo e até eu fiquei mais calma.
Foi muito bom e aconselho sempre a quem não sabe o que fazer, pedir ajuda.
Quantos ás cusquices... há pessoas verdadeiramente más e eu apanhei grandes desilusões. Hoje sou muito reservada e desconfiada a conta disso. Faço a minha vida e não dou satisfações a ninguém.
Tudo de bom :) bjinho
Sim, para as avós também não deve ser nada fácil gerir estas situações. Quanto mais não seja, por quererem uma vida melhor para nós. Mas por muito que custe, acho que deve ser essa a postura delas numa situação destas. São situações que nos obrigam realmente a crescer, e se em vez de nos ajudarem, andarem a por paninhos quentes e assumir o papel de mãe, em vez de avó, acho que só desajudam... Felizmente os apoios psicológicos, por exemplo, ainda são de acesso relativamente fácil e ajudam muito nestas situações.
EliminarSó para teres uma ideia de como as cusquices são más. Tenho uma amiga da minha idade (25 anos - não somos propriamente crianças não é?) e que namora há uma data de anos com o mesmo rapaz. Ambos trabalham e já falavam em viver juntos. Por acidente ela engravidou, e acabaram por ir realmente viver juntos, um pouco mais cedo do que o previsto. E mesmo assim, mesmo ela tendo 25 anos e o namorado ter 30 (mais uma vez, não são crianças!) de trabalharem para se sustentar e isso tudo, mesmo assim, andou na boca do mundo porque não era casada!!. A própria mãe meteu as mãos à cabeça, preocupada com o que as pessoas iam dizer. Se na nossa idade ainda é assim, imagino com as mais novas...
As pessoas são más e ponto final. É preciso ter muita força para ignorar certas coisas e viver a nossa vida em paz. Esta minha amiga, deixa-se influenciar muito por isto e leva as coisas muito a peito. Ainda hoje, com 25 anos, não fuma um cigarro na terrinha porque alguém pode ir dizer aos pais que a viram a fumar. Chega a um ponto que isto dá vontade de rir. Eu também já fui assim, quase não vivia com medo do que iam dizer de mim. Agora com a minha idade, faço o que quero. Não sou fumadora, por exemplo, mas ainda há pouco tempo na feira medieval, calhou a comentar com o meu namorado que não via em nenhuma barraca aqueles tabacos de sabores que costuma haver sempre nestas festas. O que eu fui dizer! Estava uma velha a passar ao nosso lado nesse momento e ouviu o que eu disse. Parou-se, olhou-me de alto a baixo, com aquela cara que elas gostam de fazer quando julgam os drogados, estás a ver? O que é que ela ganhou com isto? Nada, a não ser macaquinhos no sótão. Eu, ao menos, ainda consegui rir-me da cara que ela fez eheh
Tudo bom, para vocês também. beijinhos
"O que os outros vão pensar e vão dizer?"
EliminarOdeio tanto essa expressão! Infelizmente leva muita gente a cometer erros, mesmo os que nos deviam proteger. Como disse já fiz as pazes como passado e com toda a gente, mas essa expressão ainda me revolta um pouco eu preferia ouvir "vou tomar conta de ti..." mas enfim é a vida e tudo passa.
Não devemos precipitar as nossas acções nem desistir dos nossos sonhos com medo do que os outros vão pensar. Mas claro aprendi isso com o tempo.
Em meios pequenos é normal as pessoas fazerem de tudo tema de conversa e quando não há escândalos têm de inventar! Temos de viver com isso :P
Olá Cátia =)
ResponderEliminarFoi com enorme gosto que li o teu texto, a tua história. A forma como contaste o que aconteceu é linda, muito verdadeira. Sem dúvida, um exemplo de perseverança e coragem. Ainda bem que não te fechaste, que decidiste sair e mostrar-te ao mundo. Assim és mais feliz e todos os que te rodeiam também o são =)
Muitos parabéns, pelo texto e também pela tua coragem!
Beijinhos
Olá Maria,
EliminarTens toda a razão, quando estamos felizes contagiamos os outros e isso deixa-nos de bem com a vida.
Também sou capaz do contrário, tenho uma veia fria e sarcástica que pode acabar com o bom ambiente num instante, mas é porque me tornei mais terra a terra. Por vezes até sou careta.
Nem sei explicar :D, posso ser as 4 estações do ano num só dia. Ainda tenho de controlar a minha impulsividade.
Obrigado. Beijinho
Olá Cátia :)
ResponderEliminarGostei bastante do texto! Acho que é nada mais nem nada menos que uma grande inspiração. Apesar de ter tido grandes complicações quando era mais nova, conseguiu ultrapassá-las! Fez-se mulher e lutou pelo que quis! :) Admiro-a por isso :)
Quanto ao texto ser grande, para lhe responder, só me lembro de uma frase de Edson Athayde: " Não há nem textos longos, nem textos curtos. Há textos bons e textos maus." E, na minha opinião, é malditamente BOM :)
Beijos,
-F
Olá!!
EliminarPalavras assim deixam-me tão animada! :D
Fico contente que tenhas gostado do texto. Foi mais um desafio e parece que correu bem.
Tudo de bom!
Beijinho