segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Planos literários para 2015


Oie,

Uma vez que já fiz o balanço dos melhores livros lidos em 2014, conforme podem ver aqui, tempo para partilhar convosco os planos literários para 2015.

Já se sabe que os livros estão caros, sendo assim vou manter o objectivo de tentar não gastar muito dinheiro em livros, ter parcerias facilita e muito, logo tirando a feira do livro de Lisboa e algumas promoções que possam surgir com livros muito bons, vou tentar comprar o mínimo de livros.

Tentar mudar um pouco as minhas leituras, muito centradas em FC, Fantasia e Romance Histórico, dai ter apostado em ler livros da Editora Marcador, espero ser uma boa aposta.

Apostar mais nas leituras digitais, mas aqui sempre que possível, pois felizmente tenho sempre livros para ler ao longo do mês. Neste sentido e mesmo estando satisfeito com o Kobo, ando a ver os preços de um aparelho com um ecran maior, mas não é prioritário.

Quanto a leituras propriamente ditas, não posso fazer grandes planos, por exemplo podia colocar como objectivo ler um escritor de nacionalidade diferente, mas tendo parcerias dificilmente poderei ter este tipo de objectivo, ainda assim gostava de poder ler mais um livro do Scott Lynch ou mesmo ver o 2º volume do Nuno Ferreira publicado :)

Quanto aqui ao blog, manter-me motivado para continuar em frente, se conseguir manter o nível dos quase dois anos de existência, seria um corvo feliz.

E penso que modo geral é tudo, querem partilhar os vossos ?

Desejo-vos um excelente ano de 2015 ;)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Passatempo "A Cativa" de Manuel Alves



Ora viva,

Como prometido aqui fica um passatempo com a oferta do livro "A Cativa" do escritor Manuel Alves. 

Como já referi este livro irá ser lido em leitura conjunta no próximo mês de janeiro no grupo do cantinho no FB, logo nada como tentarem a sua sorte.

Quem já leu ago do escritor sabe que vale bem a pena, estou ansioso por começar :)

Para participarem basta lerem o pequeno excerto aqui e responderem às seguintes questões:

1) Como se chama o livo 1º de Wulfric?
2) Com quem conversava Lúcifer no capítulo “Ele está no meio de nós” do presente excerto?
3) O que mantém as Cativas sob o poder e influência do seu mandante?
4) O que pensou o súbito quanto ao que poderia ser originado pelas almas dos nados-mortos?
5) O que ofereceu Lúcifer ao seu súbito?


Enviem as respostas para o mail cantinhodocorvofiacha@gmail.com, com o vosso nome e uma nota de 10€ de preferência :D


Boa sorte a todos e espero fazer mais um passatempo no inicio do ano para os meus seguidores, vocês merecem, a ver se resolvo isso, mas compreendam dá trabalho :D

No próximo dia 31 será anunciado o vencedor ;)


sábado, 20 de dezembro de 2014

Boas Festas



Viva,

Muito cansado é o que posso dizer agora que chegamos ao final do ano, sendo assim vou agora recuperar forças :D

Nada mais será publicado até ao final do ano da minha parte, tirando talvez um passatempo ou alguma surpresa de última hora :)

Resta-me desejar a todos boas festas, descansem, relaxem que eu vou fazer o mesmo :D



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O Renascer das Chamas de Susana Almeida (divulgação)



Sinopse:

É na Festa da Colheita que os caminhos de Cecília e Laerte se cruzam pela primeira vez. Ao contrário de todas as outras raparigas, Cecília não exibe um vestido bonito, ou prende os cabelos num penteado elegante.
Escondida no escuro de um beco, ela observa a festa como uma criança deslumbrada. Mas Cecília não está só, um homem mais velho acompanha-a. 

Curioso com o motivo que fez Cecília pedir-lhe ajuda no final da festa, Laerte procura informações sobre o homem que a acompanhava. Informações que acabarão por lhe revelar um segredo que mudará a sua vida. 

Perseguidos, Laerte e Cecília lutam para sobreviver, enfrentando os perigos que surgem no seu caminho. Conseguirão eles chegar sãos e salvos ao seu destino?


Viva,

Divulgo um ROMANCE de uma escritora que em determinado momento muito me apoiou e ao qual para sempre estarei agradecido.

Logo desejo muito boa sorte à Susana Almeida e espero que o livo faça muito sucesso :)

O preço até está bem em conta, podem ver aqui

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O Espírito Natalício

Muito se fala nesta altura sobre o Natal. Criticamos o espírito consumista que a festividade trás consigo, pregamos sobre o amor e a amizade, e fazemos a lista de afazeres até à noite da Consoada. Acredito que se perguntarmos a várias pessoas qual o verdadeiro significado do Natal, encontraríamos respostas bem diferentes. Mas também acho que o Natal é para a pequenada e, quando não há crianças por perto, perde um pouco a sua magia. Não quero estar a reforçar a veia consumista do Natal, mas acredito que não haja alegria maior para um pai que ver a felicidade do filho na hora de abrir os presentes. Pelo menos no meu tempo era assim, hoje em dia já não concordo tanto. Mas não queria que este texto enveredasse por esse caminho, que é um tanto atribulado.

O que eu queria mesmo era falar-vos um pouco daquilo que guardo da minha infância, no Natal. Mais do que uma altura para receber presentes, era a altura em que a minha tia vinha passar uns dias connosco. Só por isto, já valia a pena ser Natal. Recordo-me que a noite da Consoada era sempre em casa da minha avó materna. A casa, como tantas outras em Castelo de Vide, não era muito grande, mas era acolhedora. Assim que passávamos a porta de entrada surgiam as escadas que levavam ao primeiro andar, onde era o quarto dos meus avós e uma sala onde o meu avô tinha os seus discos e livros. Seguindo as escadas, em direcção ao segundo andar, entrávamos na cozinha e ao lado estava a sala de estar. Lembro-me perfeitamente destas duas divisões. O fogão por baixo da chaminé, os alguidares que serviam de lava-loiça, alguns tachos pendurados na parede... Vai-se lá entender as decorações de antigamente, mas a verdade é que só de recordar isto, me dá vontade de lá voltar e ir ver o que a minha avó está a fazer ao pé do fogão. Também me lembro perfeitamente dela, sempre com um xaile de malha castanha aos ombros, debruçada sobre a panela a provar a sopa. Canja, certamente, com umas massas redondas que eu não gostava nada, mas de que ainda sei o sabor. Onde já se viu canja sem massa de letrinhas? 

A noite da consoada era passada por aqui. A avó fazia o bacalhau com couves, batata e cenoura. Sempre com pouco sal, por causa dos diabetes do avô. Para sobremesa havia arroz doce, que eu deixei de provar quando estava quente, quando percebi que isso faz muito mal à barriga. E a avó bem me avisava, mas lá me deixava sempre comer um bocadinho. Não me lembro muito mais sobre o que se comia nesta noite, que de certeza não seria só isto, mas é o que me vem à cabeça. Sei que muitas vezes torcia o nariz às couves e ao bacalhau. Sempre achei estranho que numa noite tão especial se comesse um prato tão sem graça. Claro que me obrigavam a comer, afinal de contas eu tinha apenas uns 5 ou 6 anos, mas lembro-me de um ano que a minha avó fritou rissóis de propósito para mim. Sim, também não era nada de especial, mas os rissóis da minha avó eram deliciosos, e feitos em especial para mim.


Na casa da minha avó não havia aquecedores, havia uma braseira dentro da mesa onde jantávamos. E como uma braseira e uma miúda de 5 ou 6 anos pode ser um bocadinho perigoso, a minha avó andava sempre de olho nas duas. A porta da cozinha (que ainda me lembro ser azul) era sempre fechada para conservar o quentinho. Depois de jantar, o meu pai e o meu tio iam beber café à vila e os restantes ficavam por casa. Conversava-se, por incrível que isso possa parecer. A minha avó era muito poupada quanto ao uso da televisão e nem me recordo se a ligavam sequer. Sei que enquanto estivéssemos a jantar, não havia televisão para ninguém. Era a altura ideal para saber novidades uns dos outros, em especial dos tios que vinham de longe para aquela noite. O meu avô lá ia brincando comigo, quanto mais não fosse dizendo umas palermices. E eu lá ia brincando com alguma coisa, fosse com algum livro de colorir ou algumas Barbies que levava comigo. 

Não esperávamos até à meia noite para abrir os presentes. Em primeiro lugar porque eu não cabia em mim de excitação e depois porque os meus avós gostavam de dormir cedo e os meus tios também estavam cansados da viagem. Por volta das 22h horas, o meu pai e o meu tio voltavam da rua e fechavam cuidadosamente a porta da cozinha para não deixar sair o quentinho da sala. Sentavam-se um pouco ao pé de nós e empatavam com mais um pouco de conversa. Quando finalmente se decidia que era hora de abrir os presentes, deixavam-me ir abrir a porta da cozinha. Toda a gente sabe que o Pai Natal deixa as prendas debaixo da chaminé, e no momento em que eu abria aquela porta azul, caía-me tudo aos pés. La estavam elas, bem compostas debaixo da chaminé, com papéis de embrulho lindos e laços bem grandes. E eram sempre tantas! A minha avó metia as mãos à cabeça, com medo que eu me sentisse mal com tanto entusiasmo. Já ouvi dizer que chegava a ralhar aos meus pais por me darem um choque tão grande. 

Claro que, na altura, tinha mais em que pensar do que propriamente nos meus pais, mas hoje que olho para trás posso imaginar a sua alegria por me verem tão feliz naquelas noites. E não me tomem por uma menina mimada, que os presentes não eram só para mim! A pilha que estava sempre debaixo da chaminé, tinha os presentes da família toda. Até os que tinham ficado debaixo da nossa árvore de Natal, em casa, e que apareciam ali como que por milagre. Cabia-me a mim a tarefa de ir buscar os presentes e distribuir pelos respectivos donos e só depois de estarem todos entregues, começávamos a abrir. 

Durante anos estas noites foram um mistério para mim. Eu acreditava no Pai Natal, como na altura era normal (hoje em dia nem tanto...), e todos os anos escrevia uma carta com a lengalenga de  me ter portado bem, ou pelo menos assim assim, e uma lista com o que gostava de receber. Era lista, não por querer receber aquilo tudo, mas para o Pai Natal poder escolher o que me oferecer. Era uma ingénua, eu sei. A lista ficava pendurada na porta do frigorífico e um dia desaparecia misteriosamente. Se o Pai Natal não existisse, como era possível que os presentes surgissem debaixo da chaminé da minha avó?

Só anos mais tarde dei por mim a pensar no assunto e a desvendar o mistério. Claramente, o meu pai e o meu tio aproveitavam a desculpa do café para deixarem os presentes todos na chaminé. A conversa que se gerava na sala, seria suficiente para abafar os barulhos que eles fizessem ao subir e descer as escadas. Nunca esclareci este facto, mas acredito que muitos dos presentes estivessem guardados já no quarto dos meus avós e que naquela noite voltassem à minha casa apenas para ir buscar as prendas que ficaram na árvore, horas antes. 

Como disse há pouco, o Natal é das crianças e acredito que ver o sorriso na cara dos filhos ao abrir os presentes seja o suficiente para aquecer o coração de um pai. E de certeza que os meus pais sentiam isso, mas que o momento em que a porta azul se abria e eu ficava especada a olhar para aquelas prendas, devia ser inestimável para a minha família.

Bons tempos, sem dúvida, que recordo hoje com muito carinho. Quando for grande também quero ter uma chaminé para poder passar esta pequena magia aos meus filhos. Um dia...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mares de Sangue Volume II Nobres Vigaristas de Scott Lynch


Sinopse:

Após uma batalha brutal no submundo do crime, o golpista Locke Lamora e seu fiel companheiro, Jean Tannen, fogem de sua cidade natal e desembarcam na exótica Tal Verrar para se recuperar das perdas e feridas. Porém, mesmo no extremo ocidental da civilização, não conseguem descansar por muito tempo e logo estão de volta ao que fazem de melhor: roubar dos ricos e embolsar o dinheiro. Desta vez, eles têm como alvo o maior dos prêmios, a Agulha do Pecado, a mais exclusiva casa de jogos do mundo, onde a regra de ouro é punir com a morte qualquer um que tente trapacear. É o tipo de desafio a que Locke não consegue resistir... só que o crime perfeito terá que esperar. Antigos rivais dos Nobres Vigaristas revelam o plano a Stragos, o ambicioso líder militar verrari, que resolve manipulá-los em favor de seus próprios interesses. Em pouco tempo, a dupla se vê envolvida com o mundo da pirataria, um trabalho inusitado para ladrões que mal sabem diferenciar a proa da popa de um navio. Em Mares de sangue, Locke e Jean terão que se mostrar malabaristas de mentiras, enganando todos ao seu redor sem a mínima falha, para que consigam sair vivos. Mas até mesmo isso pode não ser o bastante...

Opinião:

Depois de tanto divulgar o primeiro livro da serie, de tudo fazer para que fosse por cá publicado, acabei por ter que me render à evidencia, o livro não vendeu e para meu desespero não mais se publicou livros deste escritor, algo que sinceramente me custa imenso, mas sobre isso estou farto de comentar, o que é bom não vende (sei que é subjectivo, mas baseio-me no meu gosto pessoal).

Mas quis o destino que de forma fácil tive acesso a ler a continuação das aventuras dos nossos amigos Nobres Vigaristas, atraves de formato digital, sendo assim não tive duvidas qual seria a minha estreia a ler nesse formato, mesmo que lido em pt / br, e não me arrependo, pois estamos na presença de mais um excelente livro do escritor, ao nível do anterior e que faz com que este seja um dos meus escritores favoritos de sempre, assim a serie continue.

Só tive pena de não me dar a 100% com o Kobo pois fico com a sensação que ao ler muito tempo fico com dores de cabeça, mas gostei da experiência, a repetir seguramente.

Quanto ao livro, penso que foi comentado recentemente aqui no blog, no primeiro volume As Mentiras de Locke Lamora, tudo o que de bom os seus livros tem para oferecer, pelo amigo Nuno Ferreira autor do excelente livro A Espada que Sangra, logo só posso confirmar que este livro está ao nível do anterior.

Com um enredo fantástico, provando que não é necessário um universo muito amplo para escrever um bom livro, uma escrita que nos vai prendendo do inicio ao fim e com personagens que nos seduzem, nos cativam, enfim mais uma pérola que todos deviam ler.

E depois como sempre não podia todo este espetáculo culminar com um final de nos deixar de queixo aberto, fantástico, isto vai mesmo até à ultima folha.

Gostei muito da personagem Zamira, acredito que ainda venhamos a saber mais sobre a mesma, tal Requin :)

Agora é esperar que o próximo saia em breve em terras de Vera Cruz, será uma leitura com total prioridade ;)


sábado, 13 de dezembro de 2014

O Bau do Cantinho do Corvo Fiacha - Revista de dezembro 2014



Mais uma Revista tenho mesmo que ir ler, mas à primeira vista está muito interessante.

Nunca é demais agradecer a todos os que tornam possivel a elaboração de mais um exemplar, o meu muito obrigado.

E em breve irei então promover o passatempo do novo livro do Manuel Alves, que será leitura conjunta no cantinho em janeiro de 2014. O livro é barato e temos mesmo que promover este escritor que sem duvida é muito talentoso. Logo o vencedor receberá o seu exemplar a tempo de participar na leitura conjunta, caso entenda participar claro.

Espero que gostem, pessoalmente já me sinto feliz por ver o empenho e a amizade que as pessoas colocam na elaboração da revista :)

E participem, qualquer um o pode fazer e teremos muito gosto em publicar os vossos artigos :)

Podem ler a revista aqui

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Comentários - Uma verdadeira pérola

Viva,

Não que seja um top de comentário, mas partilho convosco o que até hoje mais me surpreendeu, sem duvida uma verdadeira pérola, leiam que vale bem a pena :D

"Eu nunca li nada do Nicholas Sparks, nem tenciono ler, mas não tenho rigorosamente nada contra quem o lê.

Fiquei, no entanto, absolutamente fascinado com a profusão de livros deste autor publicados e traduzidos para Portugal, e com os seus notáveis títulos.

Tão sugestivos são estes títulos, que logo comecei a pensar em "outras" histórias para eles. Senão vejamos:

-"O diário da nossa paixão": a inocente história de um casal de lésbicas que se apaixona por um casal de homossexuais, acabando por descobrir o verdadeiro amor numa garrafa de Vodka Beirão. (Lá para o décimo copo).

-"A alquimia do amor”: A história pungente de uma quarentona que vive em semi-reclusão num convento perto de Mafra, vindo a descobrir enquanto explora as suas catacumbas ( as do convento, bem entendido) uma poção mágica à base de uma liga de molibdénio, mas já fora de prazo, acabando por impedi-la de encontrar o amor verdadeiro.

-"Quem ama acredita”: Continuação da história anterior, mas desta vez a poção encontrada deriva de uma liga à base de tungsténio, por isso mais brilhante, que descoberta ainda dentro do prazo, mas já depois da palavra FIM do livro, impede mais uma vez o amor verdadeiro. 

-"À primeira vista": Um thriller cheio de suspense e muita acção entre os personagens masculinos e femininos, descrevendo como uma adolescente de 50 anos se apaixona por uma espécie de Maya, mas sem baralho. Aqui não se vislumbra, à primeira vista, o verdadeiro amor. À segunda vista, as hipóteses aumentam quase exponencialmente.

-"Corações em silêncio": Uma novela de puro terror, em que uma excitante sexagenária descobre que casou e viveu com o homem que é seu marido quarenta anos, sem que qualquer deles tivesse escutado uma palavra que fosse do seu coração. Seriam estes corações mudos? Ou surdos? Ou pior ainda, surdos-mudos?

-"Juntos ao luar": Uma história de lobisomens, na melhor tradição. Uma lobimulher procura o verdadeiro amor, numa demanda erótica de seres em verdadeiro pêlo.

-"Uma promessa para toda a vida": Através do uso de uma fórmula de origem metafisica encontrada num biberão na 5ª Avenida, James Norton desloca-se até ao Amazonas, onde conhece a tribo dos Tipauaí com quem passa a viver. Apaixona-se pela filha do chefe, a linda e loira de olhos azuis Miai, com quem vive em pecado um dia e meio, prometendo-lhe o amor verdadeiro e uma cabana, enquanto ouvem o José Cid, junto à praia e entre os canaviais.

-"As palavras que nunca te direi": História com uma componente politica muito forte, descreve como um financeiro ardiloso consegue afundar um banco deixando milhares de depositantes sem cheta, pelo que é preso e só depois detido, e condenado a 1 ano e dois dias de cadeia.
É libertado ao fim de dois dias por bom comportamento e porque teve 10 visitas pagas, descobrindo que o país se cotizou em peso através de mais impostos, para tirar o banco e o financeiro da bancarrota, numa demanda do verdadeiro amor pelo próximo.
Quando se prepara para agradecer, sofre um ataque cardíaco, morre, e estranhamente, nada mais diz.

"Um momento inesquecível”: A história de uma fórmula chapada, em que um escritor de sucesso de novelas românticas, lê uma novela romântica de um escritor de sucesso, com um personagem que é um escritor de sucesso de novelas românticas, que lê uma novela romântica de um escritor de sucesso.
-"Laços que perduram”: Mais uma história de demanda do verdadeiro amor, desta vez pela natureza, neste caso o oeste rural, num lugar idílico com muitas vacas e bois e a sincera pêra rocha (do oeste).

- "O Sorriso das Estrelas": Incursão do autor na ficção cientifica clássica, em que milhões de Estrelas Sorridentes invadem a Terra, sugando a seiva que corre nos corações mais apaixonados, dos quais se alimentam, reduzindo a humanidade a meros corpos sem emoções. No entanto tudo vai mudar quando uma dessas estrelas macho sorridente se apaixona pelo holograma de uma antiga estrela de Hollywood, encontrando dois caminhos que bifurcando se encontram: um para a libertação da Terra e outro para o verdadeiro amor.

-“Uma viagem espiritual”: A viagem que um homem amargurado empreende, na companhia de um duplo de Lobsang Rampa, que se vem a descobrir, na página 110, ser o Lobsang Rampa original. Nesta história de redenção e comida vegetariana, ninguém é o que pensa ser, nem o próprio Lobsang Rampa, nem a loira mamalhuda do capítulo seis em diante.

- “Um Homem Com Sorte”: Livro provocador e irónico, em que se responde a uma questão mais velha que a humanidade: “É um homem com sorte um homem consorte?”.

- “Uma escolha por Amor”: Depois de ter perdido a mulher num terrível acidente de tractor, o nosso herói desenvolve um ódio feroz a todas as formas de locomoção mecânica, juntando-se a um estranho grupo terrorista que se dedica a destruir todas as versões existentes de jipes. Mas tudo mudará a partir do momento em que a nossa heroína recolhe um cão mecânico ferido, propriedade de uma loira com seios avantajados (penso que é a mesma do capitulo seis de “Uma viagem espiritual), muito sexy, e que já sofreu muito às mãos cruéis de uns estranhos homens mecânicos. (Com as mãos sempre cheias de óleos e a limpar àquele nojento desperdício, irra!):

- “Três Semanas Com o Meu Irmão” : Baseado em parte na novela de Jules Verne “ Cinco Semanas em Balão” , mas em registo familiar e fora do espaço aéreo, esta é história de como dois irmãos resolvem partir de férias em conjunto com as respectivas mulheres, e de como em apenas 1 semana os atritos entre as cunhadas põem um fim abrupto à amizade que os unia. E às férias.

- “ Um refúgio para a Vida”: A história de uma leitora, chamada Susana Scroogga, apaixonada por novelas românticas, que teima em guardar só para si com dedicada avareza, e que virá a ser atormentada por estranhos fantasmas, que se identificam como o Spark do Natal Passado, Spark do Natal Presente e Spark do Natal que Há-de Vir. Assustador, mas com um final cheio de promessas sobre o encontro com o Verdadeiro Amor, ao invés do Amor Verdadeiro, que se provará talvez não existir nas novelas.

FIM

Ubik

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mago - A Senhora do Império - Janny Wurts, Raymond Feist





A Saga do Império iniciada com A Filha Do Império conclui-se com este volume, forte em emoções e aventura, numa batalha pela justiça.

Opinião:

Sabia que corria o risco de me ter precipitado ao eleger com antecedência os melhores livros em 2014, mas foi mais numa prespetiva de haver várias promoções e o natal estar à porta que o fiz, pois quer este livro, que culmina uma trilogia fantástica, quer Mares de Sangue do Scott Lynch que estou a ler em formato digital podiam ser considerados os melhores livros lidos em 2014, pois esta trilogia é sem duvida o melhor que li até hoje do Raymond Feist.

Muito do que comentei no livro anterior se aplica à ideia geral que fiquei da saga, logo vou aproveitar para incluir no comentário.
Embora os dois primeiros livros da saga “O Mago” não me tenham enchido as medidas, nos livros seguintes fiquei realmente surpreendido e rendido ao escritor, mas esta saga, com menos elementos fantásticos e muito mais centrada em jogos políticos ainda consegue ser melhor que a anterior, pelo menos na minha opinião. 

Uma saga toda ela muito centrada em Mara, pertencente à casa dos Acoma, uma jovem que desde cedo vê matarem o seu pai e irmão, devido aos meandros da política, acabando por tornar-se a líder dos Acoma e tentar que a sua casa não seja extinta. E nada como citar algo da sinopse: 

"Dotada de uma destreza intelectual invulgar, Mara dos Acoma coloca em causa não só as tradições dos Tsurani, como as suas próprias convicções. Neste jogo de sentimentos e poder, poderá não haver um vencedor…" 

É óbvio que há muito mais do que Mara a nível de personagens cativantes, sejam elas boas ou más, temos vilões do melhor que já li, descrições de combates ao melhor nível, surpresas com o surgimento de assassinos quando menos se espera, complexidade de enredo e claro amizade, romance que acaba por nos comover e deixar-nos ficar plenamente satisfeitos com o que acabamos de ler, mas sempre com muito sofrimento. Crueldade não falta!

Depois temos um final de saga simplesmente bem conseguido, do melhor que já vi, as coisas ficam devidamente concluídas, pontas bem atadas e claro vou fazer parte do clube que quer que o escritor continue a escrever mais sobre este universo.

Como aspeto negativo deste livro a escolha da sinopse, que spoiler tão grande, sinceramente não percebo como se coloca uma informação tão importante (dai não a ter partilhado). Bem o preço do livro não é simpático, bem sei que a Editora não dividiu o livro e bem diga-se, mas ainda assim acho o livro caro, é a minha opinião.

Podem referir que escritores como Feist ou mesmo Sanderson não tenham a qualidade de outros escritores, mas a forma como nos envolvemos no enredo, nos apaixonamos pelas personagens nos sentimos empolgados com o que lemos acaba por fazer da leitura destes escritores algo fantástico. Compreendo o porquê de muitos leitores desta saga clamarem por mais aventuras. 

Rendido a ambos escritores pela qualidade do trabalho apresentado. Espero sinceramente ver mais livros do escritor publicados em 2015.

Recomendado a leitura desta trilogia sem reservas ;)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Corvo Lamechas

Ois pessoal,

São vários os momentos que nos fazem seguir em frente, nem sempre é fácil mas que mais podia querer como objetivo para este blog do que receber um comentário como este?


"Olá Fiacha!!

Muito obrigado pelo destaque ao meu blogue e a mim. Todo o meu mundo literário mudou este ano e sinto-me uma sortuda por pertencer a este cantinho do corvo.

Tenho de agradecer a Luísa por me adicionar ao teu grupo no facebook e também por me ter apresentado o Lili de Manuel Alves, pois foi graças aquela história com cheirinho a canela que o meu blogue teve destaque. O Manuel partilhou e tu reparaste em mim!!! Bela família tenho aqui. 

Tenho conhecido pessoas fantásticas aqui e tu tens sido impecável comigo. Muito obrigado! 

Este espaço é sem exagero nenhum mais um marco na minha vida. Tenho aprendido muito e divertido também.

Quanto aos livros que referes, espero acabar o Espada que Sangra este ano ainda e o Mistério de Charles Dickens já tenho por casa e espero ler para o ano. O Jem só devo ler se encontrar um dia numa feira (daquelas que raramente há por aqui).

Continua com este excelente serviço público. Muito sucesso para ti e para o blogue. E que esta partilha de conhecimentos e afectos continue entre todos. =)

Beijinhos"



Sabe tão bem, acreditem ;).

Obrigado Cátia Valente também pelas tuas palavras :)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

As Mentiras de Locke Lamora - Opinião

Se há autores que sabem barrar o seu bolo com uma deliciosa cobertura de “tudo-o-que-podemos-desejar”, este Scott Lynch é um deles. Natural do Wisconsin, o jovem bombeiro da região saltou para o estrelato logo com o seu romance de estreia, um surpreendente jogo de ladrões que mistura ambientes que nos são de algum modo familiares numa intrincada teia de intrigas e trapaças. As Mentiras de Locke Lamora, lançado em 2006, é o primeiro volume de uma saga de sete, The Gentleman Bastards, sendo que apenas três foram publicados pelo escritor, e não se prevê que mais algum para além deste seja lançado em Portugal. Se este livro me surpreendeu? Sem a mais pálida dúvida. Scott nasceu para ser escritor.



SINOPSE:

Diz-se que o Espinho de Camorr é um espadachim imbatível, um ladrão mestre, um amigo dos pobres, um fantasma que atravessa paredes. De constituição franzina e quase incapaz de pegar numa espada, Locke Lamora é, para mal dos seus pecados, o afamado Espinho. As suas melhores armas são a inteligência e manha à sua disposição. E embora seja verdade que Locke roube dos ricos (quem mais vale a pena roubar?), os pobres nunca vêem um tostão. Todos os ganhos destinam-se apenas a ele e ao seu bando de ladrões: os Cavalheiros Bastardos. O submundo caprichoso e colorido da antiga cidade de Camorr é o único lar que o bando conhece. Mas tudo vai mudar: uma guerra clandestina ameaça destruir a própria cidade e os jovens são lançados num jogo de assassinos e traidores onde terão de lutar desesperadamente pelas suas vidas. Será que, desta vez, as mentiras de Locke Lamora serão suficientes? 

OPINIÃO:

Magistral, soberbo, original… Parece que todos os adjectivos são poucos para qualificar esta magnífica obra. Comecei o livro com baixíssimas expectativas. A sinopse não me puxou, nunca fui fã dos ambientes renascentistas e Veneza não é, seguramente, dos meus destinos turísticos predilectos. Surpreendendo-me a mim mesmo, gostei dos capítulos iniciais, e fui lendo, um pouco na expectativa, as histórias de Locke, Jean, Calo, Galdo e Pulga. Senti-me um pouco confuso com o mundo em que estes personagens se inseriam, e interiorizei que era um mundo original baseado na Veneza antiga, só e apenas, sem esperar que Scott viesse a caracterizar mais pormenorizadamente esse mundo. Mas, para meu espanto, ele fê-lo.
O autor foi pintando esse mundo gradualmente, dando-nos a conhecer a sua notável arquitectura empertigada pelo vidro antigo e as suas ciências de carácter alquímico. Só conhecemos a mitologia e a História daquela terra, pelo menos em parte, nos capítulos finais do livro. Achei piada à inversão, se bem que considero que Scott poderia ter dado algumas pistas mais fortes no início e fica meio a sensação que só com o decorrer da escrita ele foi conjecturando aquilo que viria a ser a sua arte final. Durante muito tempo estamos a ouvir falar de deuses, de idiomas e de terras das quais não conhecemos, o que, se por um lado nos dá vontade de conhecer mais, por outro, ficamos completamente a “apanhar bonés”. Scott, no entanto, não nos deixa desistir da leitura. Os locais são muito bem descritos, as trapaças dos nossos heróis bem organizadas e aquele que, para mim, é o ponto forte do escritor, o seu sentido de humor é qualquer coisa de magnífico.
A sua mente criativa misturou com consistência e sustentabilidade um mundo de mafiosos e ladrões, com poucos personagens é certo, mas todos eles muito bem desenvolvidos e trabalhados. Se o mundo em si ainda não é muito complexo, a rotina e os modos de vida de Camorr são qualquer coisa de apaixonante, concebendo uma textura tão palpável que nos faz sentir dentro daquela história. E as reviravoltas que o autor nos dá, a morte de certos personagens, a revelação de esquemas e as ironias deixam-nos, irrefutavelmente, a salivar por mais. O meu personagem preferido é Jean Tannen, e as minhas cenas preferidas são aquelas em que ele age com as suas Irmãs Malvadas, as suas machadinhas inseparáveis. O Rei Cinzento, Capa Barsavi, Dona Vorchenza e o Falcoeiro são também personagens fantásticos, para além, claro, do protagonista, Locke Lamora. Também adorei os tubarões e as lutas de gladiadores na água. Por tudo isto e muito mais, espero muito que transformem esta obra em filme ou em série de tv.
Como tal, pontuei este menino com 5 estrelas no Goodreads, mas ainda assim há alguns pontos que roubam a perfeição ao livro de Scott Lynch; afinal, não há obras perfeitas, e não há livro que agrade inteiramente a gregos e troianos, mesmo no caso de uma obra tão consensual como As Mentiras de Locke Lamora. Achei os vilões muito clichés, principalmente o Rei Cinzento e as suas motivações. Para um sujeito tão franzino como Locke Lamora – o facto foi muitas vezes realçado por Scott ao longo do texto – achei muito pouco plausível que na hora de procurar um fato que lhe servisse, toda a gente tinha o mesmo tamanho e constituição do rapaz. Também não me pareceu muito convincente a história de um feiticeiro tão poderoso como o Falcoeiro cair em tamanha burrice de achar que Locke era o nome verdadeiro do personagem título do livro. Afinal, se ele já sabia que não se chamava Lamora, não podia pelo menos pôr em causa que o nome Locke também fosse falso? Adiante, o final soou-me um bocadinho previsível, e de certo modo um dejá vu de alguns filmes de ação. Ainda assim, fica a minha máxima recomendação. As Mentiras de Locke Lamora é um livro fantástico de se ler, dos melhores que já li em fantasia. Todas as pontas são bem atadas, todas as histórias muito bem explicadas, uma descrição realista sem maçar e um diálogo quase permanente, sempre consistente e engraçado, alternando entre comédia e drama no timing certo.
É verdade que o livro já saiu há algum tempinho, mas só agora tive oportunidade de o ler, graças ao amigo Fiacha que me recomendou e me mandou por mail para ler em formato digital. Tenho pena que não tenham ideias de publicar em breve outros livros de Scott em Portugal, mas acho que vão correr a publicá-lo mal façam um filme do Lamora, infelizmente sem esse tipo de publicidade grandes obras de arte passam ao lado da maior fatia do público. Recomendo seguramente este livro a todos os que gostem de fantasia, intriga ou ação.


9/10

Melhores livros lidos em 2014 (Ficção Cientifica / Fantasia / Romance Histórico)


Viva,

Não foi um ano com muitas leituras mas foi um ano de muito boas leituras.

Sendo assim não será fácil escolher no meio de livros como A Coroa 3º volume da trilogia A Primeira lei de Joe Abercrombie, a trilogia A Serva do Império de Raimond Feist O Pistoleiro, primeiro volume da serie Torre Negra de S. King, O Império Final de Brandon Sanderson Camuflagem de Joe Haldeman,  Casa em Ordem de Matt Ruff, Vida Roubada de Adam Jonhson, Algo Maligno Vem Ai de Ray Bradbury,  A Guerra da Lança de Peter V. Brett, Excalibur 3º volume das Crónicas dos Senhores da Guerra de Bernard Cornwell, entre outros.

Assim a exemplo do ano anterior vou escolher 3 por género literário que mais leio.


Melhor Romance Histórico: O Mistério de Charles Dickens de Dan Simmons

Melhor Livro de FC: JEM - A Construção de uma Utopia de Frederik Pohl

Melhor livro de Fantasia: A Espada Que Sangra de Nuno Ferreira

Aqui a escolha mais difícil foi mesmo o melhor livro de Fantasia, pois não foi nada fácil, mas a escolha tem apenas a ver com ser um escritor nacional e muito talentoso, merece o destaque ;)


Bem e fazendo um top 10 de blogues aqui fica :)


Folhas do Mundo (da amiga Caminhante, nem vou dizer muito, obrigado por tudo ;) )

Senhor Luvas (Do amigo Marco, sempre presente a ajudar-me)

O Imaginário dos Livros (Da amiga Maria Rita, que temos gostos muito em comum)

A Biologia de Arte (Da amiga Patrícia, um blog diferente mas muito fixe e claro um pessoa impecável)

Delicias à Lareira ( Da Sófia, uma das pessoas mais impecáveis que tive o prazer de conhecer este ano ;) )

Dragonmountbooks (Da amiga Cassiana Teodoro, sempre a considerar ;) )

A Magia dos Livros (Da amiga Rita Ribeiro)

A Guerra dos Sonos ( Da amiga Cátia Valente e o mesmo se aplica ao que comentei em relação À Sofia)

O Blog de um tal de José ( O José é um fixolas :D )

Buczov Alexandria (Da amiga Elsa, sempre presente ;) )


Claro que sigo outros blogues, sabem que podem contar com a minha ajuda, mas não deu mesmo para incluir todos, que me perdoem e que ninguém se melindre, não é esse o objetivo :D

Quando fizer o 2 ano de existência iriei destacar pessoas que muito contribuíram para que o blog tenha mantido o nível, mas tenho que deixar um agradecimento muito especial à minha amiga A Guardiã do Tempo.

Partilhem as vossas escolhas e claro desejo a todos boas festas e um bom ano de 2015, com muitos livrinhos lidos de preferência, pois ler é dos melhores vícios que temos :)


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Cavalheiro Inglês - Carla M. Soares - Divulgação Marcador


Uma nação em crise.
Uma família na miséria.
Uma mulher determinada.
Um noivo terrível.
Um inglês apaixonado.
Um crime e uma proposta indecente.


PORTUGAL. 1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia.

Os ingleses que ainda permanecem em Portugal não são amados. O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.

Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa narrativa recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família portuguesa.

NO SEIO DE UMA FAMÍLIA, HÁ CORAÇÕES QUE SE AGITAM ENTRE O CURSO DA HISTÓRIA E O IRRESISTÍVEL PERFUME DOS LIVROS.



Já à venda!


Um livro que conto ler no inicio de 2015

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Top Blogs Awards 2014 - VOTAÇÕES

Viva,

Já está aberta a votação para os melhores blogues do ano, numa iniciativa Top Imprensa, e o blog aqui do corvo Fiacha está a votos, mesmo sem eu saber :D está nomeado para Melhor Blog de Literatura. 

Apenas se pode votar uma vez, embora se tenha que votar nas categorias todas, usando um perfil do facebook e desde já convido-vos a votarem nos vossos blogues favoritos! Obrigado a todos os que votarem em mim e aproveitem para conhecer outros blogues!

Para votarem podem faze-lo aqui até ao próximo dia 18 de dezembro.

O voto no meu blog ficam de imediato habilitados a ganhar fantásticas viagens pelo mundo fora, carros, casas...haverá sempre uma pequena lembrança :P


"Votem agora paguem depois" :D

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Parceria com a Editora Marcador



Venho por este meio anunciar a parceria do blog com a Editora Marcador.

Tenho acompanhando a publicação dos seus livros através de outros blogues e vejo que tem publicado bons livros, como é o caso do livro "O Apanhador de Conchas" de Rosamunde Pilcher que já tive o prazer de ler.

Penso ser bom para variar um pouco as minhas leituras.

Agradeço a confiança da Editora e um especial obrigado à Maria Rita ;)

E já agora um livro que vou mesmo querer ler da Editora e que já aqui foi recomendado :)


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Força Nuno Chaves




Por vezes a vida prega partidas a pessoas nossas amigas, soube hoje que o nosso amigo Nuno Chaves, se encontra numa situação dificil, digamos.

Se fosse uma gripe, dor de dentes, ouvidos, seria bem mais fácil, tomamos medicação e mais cedo ou mais tarde acaba por passar, mas uma depressão é algo que é necessário ter muita força e apoio familiar.

Não querendo estar aqui a desenvolver muito mais, desejo, em nome de todos tenho a certeza, as melhoras ao nosso companheiro Nuno Chaves, uma pessoa que mesmo não convivendo com muita regularidade tem o meu respeito e admiração.

Vá companheiro, espero ver-te em breve com o teu sorriso, a ler e criticar algo que gostamos muito e claro a partilhares essas fotos que tanto gostas de tirar por onde passas ;)

Tudo de bom, manda sempre e alguma coisa já sabes estamos às tuas ordens.

Promoção de Natal - SDE (divulgação)


Aqui fica uma boa iniciativa para quem goste de comprar livros via site da Editora, aproveitem que vai estar disponível até ao próximo dia 15 de dezembro. Podem ver aqui

Alem destes descontos já se sabe que podem beneficiar das promoções, na compra de 2 livros receba um grátis que atualmente até tem boas opções, como é o caso do Terror do Dan Simmons, podem ver aqui

Aproveitem ;)




Já agora um livro que me começa a despertar curiosidade, se poder vou ler :)

Diz a SDE:

Estamos ansiosos pelo começo do novo ano.
Esta é uma das razões.

"Nunca vi nada como Eleanor & Park. É uma belíssima história de amor. Relembrou-me o que é ser jovem e apaixonado por uma rapariga, mas também ser jovem e apaixonado por um livro"
- John Green, autor de A Culpa é das Estrelas


sábado, 22 de novembro de 2014

Último Conjurado - Isabel Ricardo (leitura conjunta)


Há sessenta anos que Portugal era humilhado pelos Filipes de Espanha.

É então que um grupo de heróis decide revoltar-se.


Esta foi, sem dúvida, uma leitura diferente da habitual, não que não participe em leituras conjuntas, mas porque foi feita com um livro publicado recentemente pela Saída de Emergência. Não posso deixar de fazer o meu agradecimento às participantes, bem merecem, uma vez que nos dias de hoje não está fácil.

Um obrigado à Sofia Pinneli que, segundo penso, foi a sua estreia neste tipo de leituras e sem dúvida que esteve muito bem, à Cátia Valente que porporcionou excelente convívio, mesmo não entrando logo a cumprir prazos, acabou por se viciar na leitura do livro, à Maria Roseta impecável como sempre, à Cristina Delgado, sem dúvida sempre a picar a malta e que foi a causadora da leitura deste livro , à Luisa Bernardino, foi a última a começar mas a primeira a acabar e não foi o estar tão longe de Portugal que a impediu de participar (segundo afirma este é o melhor livro que leu até ao momento da coleção) e por fim à própria escritora Isabel Ricardo, à qual desde já agradeço a participação.

Penso que foi uma leitura muito gratificante, bom ambiente, bom convívio e além de uma leitura muito agradável (maldito Capitão Gualdim que nos deu conta da cabeça eh eh eh) penso que acabámos por ficar amigos da própria escritora, não podia ter desejado melhor.

Quanto ao comentario ao livro, podem ler aqui e tal como a Cristina Delgado, recomendado!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

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Toca a aderir, quem sabe não surjam oportunidades fantásticas :)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Preço dos e-books



Viva,

Como sabem aderi há pouco tempo à leitura digital e o que me deixa um pouco confuso é o preço com que são vendidos os e-books. Como é possível um e-book ter praticamente o mesmo preço que um livro físico ?

Se considerarmos que o principal de um livro é o seu texto, algo que nos é fornecido em ambos os formatos, e se ao mesmo tempo considerarmos que no livro digital não são apresentadas despesas de impressão, armazenamento e transporte, sinceramente leva-me a crer que existem aqui alguns interesses por detrás para que tal aconteça.

Não conhecendo muito bem todos os envolvidos no "negócio" dos e-books, penso que relativamente ao livro digital apenas são intervenientes o escritor, a editora e uma plataforma de venda on-line, tipo uma Amazon. Assim sendo, não faz nenhum sentido esta diferença de preços, isto no meu entender claro.

Espero, ao menos, que o escritor tenha uma fatia maior na parte que lhe toca, pois no formato físico é dos que menos ganha no preço final do livro.

Parece-me que o valor correto para um e-book devia ser cerca de 5€, que acham ? Será razoável ?

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Forum Fantástico 2014

Mais uma edição do Forum Fantástico. Apenas tive oportunidade de marcar presença no sábado, mas foi uma tarde muito bem passada, repleta de acontecimentos, entre rever amigos, conhecer novas pessoas, compra de livros (nunca falha a ida à SDE, este ano trouxe, por sugestão do Tio Barreiros, Força de Mercado de Richard Morgan), mas acima de tudo o convívio, sem duvida o melhor que se trás do Forum Fantástico.

A todos obrigado pela companhia, para o próximo ano há mais :)




Momento raro, o Luís Filipe Silva a assinar um livro seu. Marco Lopes obrigado pela oportunidade :)




João Barreiros a assinar o meu exemplar de "A Invasão dos Marcianos"...obrigado pela oferta de "A Bondade dos Estranhos" ;)



Nuno Ferreira concentrado a assinar o meu exemplar de "Espada que Sangra" :)




Entre amigos, São Bernardes (Caminhante), Carla Pisco, Manuel Alves, João Barreiros e mais atrás Nuno Ferreira.



Carla Pisco entre dois amigos e talentosos "Contadores de Histórias", Caminhante e Rui Ramos :)



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Se Acordar Antes de Morrer - João Barreiros



Opinião:

Desengane-se quem está à espera de entretenimento fácil: o João Barreiros (JB)autor tem uma vincadíssima personalidade, não tem “papas na língua”, não tem receio de mostrar a violência, de horrorizar e de chocar. Às vezes roça o absurdo, outras toca o inimaginável, às vezes arrepiamo-nos de medo, muitas vezes surpreende-nos e ficamos chocados. Mexe connosco, abala as nossas crenças, e adoramos, ou odiamos, mas não conseguimos ficar indiferentes. O seu humor é habitualmente classificado como negro, mas é mais do que isso: é implacável, politicamente incorreto, por vezes até cruel ... ah, mas que bem que sabe, de vez em quando, ler alguma coisa assim! É este sentimento que me leva a afirmar que com os livros do Barreiros descobri o meu “lado negro da Força”: perante cenas que o bom senso e a moralidade me diziam serem horríveis, eu ficava deliciada, achava-as fantásticas, às vezes até hilariantes, mesmo que, volta e meia, ficasse de “queixo caído” com o choque.

É que tanto a aparente banalidade com que o autor expõe o horror, bem como o embelezamento com que às vezes brinda as descrições mais terríveis, fazem com que nos deliciemos perante os detalhes mais sombrios e as descrições mais gráficas. Não o nego: neste livro, os mundos do futuro são mundos violentos, onde grassam a destruição e a miséria, onde não há lugar para celebrações de heroísmo ou para lamechices. Estes mundos são assustadores, alienígenas, ou apocalíticos, mas, independentemente da sua natureza, o humor do autor não nos deixa ficar deprimidos.

Houve apenas um fator que me refreou a leitura: os conceitos tecno-futuristas muito próprios que pululam no universo Barreiros e que, ao abundar em alguns dos contos, me fizeram suspirar por um glossário, estilo dicionário Barreirês – Português! Porém, à medida que avançava, foi-se tornando mais fácil, até porque alguns conceitos começaram, ao longo do livro, a ser recorrentes. Surpreendentemente, acabei por sentir que afinal o glossário talvez não fosse assim tão boa ideia - o facto de não perceber tudo acabou por conferir aquele universo uma aura de mistério, que me fez imaginar e especular ainda mais, e isso trouxe uma certa “piada” acrescida. Afinal, o futuro é 
desconhecido.

Por tudo o que já mencionei, estaria a mentir se dissesse que recomendo este livro, ou o João Barreiros a toda a gente. Mas penso que todos os amantes de outros mundos deviam, pelo menos, experimentar, até porque, passada a estranheza inicial, acabamos por ser devidamente recompensados. Quando tudo parece terrível, lá nos perdemos nos ambientes sugestivos, somos envolvidos, e sentimos empatia pelas personagens, por muitas falhas e defeitos que eles tenham - e sejam elas humanas, animais, ou, espante-se, robôs ou seres alienígenas! E depois, está sempre connosco a possibilidade de muitos livros de FC: perante a interrogação do futuro e tendo em conta, quer a nossa evolução até agora, quer o desconhecido futuro, desfila perante nós toda uma série de possibilidades, nem todas assim tão impossíveis. Além disso, uma das características que, para mim, o João Barreiros tem de melhor é que não consigo compará-lo a nenhum outro autor que já tenha lido. Não encaixa facilmente em nenhuma das minhas “gavetas”, e isso é algo que, para mim, é fantástico!

Entretanto, dos quinze contos apresentados, há algumas “pérolas” para todos os gostos:

» Brinca comigo: como explica Barreiros na nota introdutória, este é um (...) universo onde a humanidade partiu para outras paragens”, e onde os “os brinquedos hão-de vaguear até que se estraguem de vez, num vago e terno desespero, em busca de um dono que nunca mais voltará” (JB na nota introdutória). Uma ideia destas é, desde logo, irresistível, e o conto está muito bem conseguido. Os brinquedos desconjuntados, na sua solidão e confusão, despertam de imediato a nossa empatia, mantendo-nos envolvidos até ao fim. É um dos meus grandes favoritos, logo a abrir a coletânea. 

» Efemérides: a ideia é do melhor – publicado para “celebrar os 30 anos da chegada do Homem à Lua”, e o autor constrói uma realidade alternativa com o seu “toque”, ou seja, “sobre o que teria sido a colonização do nosso satélite com a tecnologia disponível nos anos sessenta”. Tive pena de ser tão curto, mas é um excelente conto, com uma conclusão pouco convencional(para quem não conhece o JB).
» Noite de Paz: Comecei por me sentir obviamente chocada com a atitude de Grinch do senhor Barreiros perante a época natalícia (omo é que se pode ter coragem de atacar uma coisa tão linda e tão fofa como o Pai-Natal?). Mas com toda aquela ação, em breve comecei a sentir um certo prazer perverso, admito em, como diz o autor, “(...)à guisa de celebração, pôr um ponto final na rotunda figura do Pai-Natal (...)”. Ai, ai, o Natal nunca mais será o mesmo! 

» ASíndroma de Abraão:  Uma “(..) nova história alternativa sobre a chegada do Homem à Lua”. Apesar de alguma dificuldade inicial em contextualizar-me, fui-me envolvendo, e as peças começaram a encaixar, com uma série de possibilidades a cruzarem-me o pensamento. Baseada na crença, patente na nota introdutória, de que “(...) as Civilizações alienígenas do Centro da Galáxia (se é que existe de facto vida inteligente além da nossa) vivem num estado de guerra permanente (...)” e que “Nada é dado de graça neste universo (...)”, este é um conto muito marcante e difícil de se esquecer. 

» Por amor à prole: Mais uma história “filosófica”, e um bom entretenimento, com uma ideia prometedora. Se fosse um filme, o cartaz rezaria qualquer coisa como isto: “Num mundo destruído, uma mulher grávida sobrevive sozinha numa quinta hostil, rodeada de criaturas mutantes!” Um must! Mantendo o suspense até ao fim, e com um desfecho que não se esquece, fez com que eu nunca mais coma morangos da mesma maneira!

» Por detrás da Luz: Um conto revisitado para uma antologia inspirada em H. P. Lovecraft, também não tem um início fácil. No entanto, à medida que as pontas do véu foram sendo levantas e as peças do puzzle, começaram, finalmente, a encaixar, comecei a sentir-me dentro daquela Lisboa virada de pernas para o ar, até ao triunfo do horror, em jeito de celebração. À Lovecraft, mesmo. 

» Se acordar antes de morrer: Comecei por torcer o nariz à ideia: não só estou ligeiramente farta de zombies como, para ajudar à festa, JB misturava zombies com robôs!!! Mas a leitura provou que o meu medo era totalmente injustificado, achei o conto excelente!. Surpreendente e com um bom ritmo, além do bónus de ser mais um "pontapé” no traseiro fofinho do Pai Natal, é um dos meus grandes favoritos.

» Um homem e o seu gato ou O Céu dos gatos é o inferno dos pardais: Excelente! 
Adorei tudo: o contexto, o ambiente criado, as personagens felinas - o Senhor Luvas e a Miss Decibel são top! A imagem da gatinha pistoleira não me saiu da cabeça por muito tempo! Adorei a forma como o tema e o contexto podem servir de ponto de partida a tantas considerações sobre o futuro (e sobre o presente!). Leituras mais sérias à parte, o conto tem também entretenimento garantido para quem não quer pensar em significados mais profundos, o que faz dele, na minha opinião, um dos melhores da coletânea.


Antes de comprar este livro, procurei comentários online, e um dos desapontamentos mais mencionados é pelo facto de quase todos os contos já terem sido previamente publicados em coletâneas ou revistas do género. Como eu não conhecia nenhum deles, esta apresentação faz todo o sentido, e é uma mais-valia o facto de as histórias, pelos universos que se cruzam, pelas referências comuns, pelo estilo único de vocabulário que se vai repetindo, acabarem por se interligar todas.

É um livro para se ir saboreando aos poucos, que, a meu ver, só peca por uma coisa: tem poucos contos! Quero MAIS! E sem ter de os procurar, espalhados como estão por aí. Quero a “papinha” toda feita, ou seja mais um livro do JB com TODOS os outros contos já publicados e que eu não conheço!!!

Comentário feito pela minha amiga STARK Paula Pinto

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Opinião - Os Extremos de Christopher Priest


As vezes acontecem coincidências agradáveis e à uns dias quando ainda não tinha (conseguido) escolher uma nova leitura o meu amigo Fiacha disse que tinha começado a ler "Os Extremos" do Christopher Priest. Este livro foi me recomendado por um camarada da net que dá pelo nome de Ubik, ao qual mando daqui o meu agradecimento quer pela sugestão quer por tido o trabalho de me fazer chegar o livro às mãos, e que também já tinha feito o mesmo ao amigo Corvo.  Portanto achei engraçado fazer uma espécie de leitura conjunta como o Fiacha: um livro duas opiniões e bem o amigo Corvo já deu a sua (podem ler aqui a sua opinião) agora é a minha vez.

Este livro foi uma surpresa total. Para começar quando o comecei a ler não fui ler a sinopse, algo que só aconteceu depois de ler o primeiro capitulo, mas a verdade é que a sinopse não diz o que verdadeiramente o livro é, alias tende a ser algo redutora e a criar falsas expectativas ou eu é que as criei e acabei por sentir isso ao longo da minha leitura portanto o meu conselho é fujam dela como o diabo da cruz.

Este não é um livro que irá ser apreciado por uma boa parte dos leitores, é que este livro é de  uma complexidade elevada, mas não parece. Esconde-se por detrás de uma simples história de uma mulher à procura do significada da morte do seu marido, morto numa pequena cidade do Texas num massacres inexplicável e da estranha coincidência de ao mesmo tempo ter acontecido um massacre no outro lado do oceano, numa pequena cidade Inglesa, com contornos similares.

Acresce a isso o facto de existir uma tecnologia "à lá" Matrix onde as pessoas podem entrar em mundo virtuais e vivenciar as vidas e situações de outras pessoas, verdadeiras ou inventadas. Fez-me alguma confusão que o autor não explicasse de onde tinha aparecido esta tecnologia ou não tivesse explorado as implicações que ela teria na sociedade, mas apercebi-me que era "apenas" uma maneira de ele contar a história.

O final não será, também, do agrado da maioria dos leitores, demasiadas pontas soltas (digo eu) e quase parece faltar algumas paginas para encerrar devidamente, pelo menos foi essa a sensação com que fiquei, mas quanto mais penso no livro no seu todo mais sentido ele (me) faz e bem sei o quão paradoxal isto parece, mas é a verdade.

Ainda agora estou a descobrir os muitos "segredos" deste livro, mas muitos leitores irão simplesmente ficar pelas impressões superficiais que o livro transmite. Digo isto não por qualquer sentido se superioridade, estou bem consciente do quão perto estive de tal me acontecer também, pois ao longo da leitura nem sempre fui capaz de ver para onde o seu autor seguia e existe uma boa razão para isso. Muitas vezes dei por mim a pensar "Mas o que é isto tem a haver com a historia?", mas a verdade é que chegados ao fim do livro tudo fará sentido.

Termino com mais um paradoxal conselho: leiam este livro, mas apenas se estiverem preparados para abdicar da habitual lógica que seguem quando lêem um livro, porque ela só vos irá atrapalhar e impedir que desfrutem da historia. E claro para o ler pelo menos mais uma vez.


Titulo - Os Extremos
Autor - Christopher Priest
Editora - Planeta
Tradução - Nuno Romano

Opinião publicada originalmente no blog O Senhor Luvas

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Herança de Kiana de Paula Cunha



Sinopse:

Um estranho sonho leva Kiana a questionar-se sobre o poderá existir no mundo para além da sua terra natal.Após um acontecimento trágico que muda a sua vida, Kiana é obrigada a deixar Allana com o velho sábio, Gobi. Seguem em direção ao desconhecido e encontram criaturas inimagináveis e lugares inesquecíveis. Elfos, humanos, e criaturas desconhecidas como os Pikron e os Dragaras ajudam Kiana a descobrir aquilo de que é capaz.
Percorre o mundo em busca da justiça que a sua herança lhe concebeu e que o destino roubou. Mas a sua tarefa torna-se difícil quando é traída pela pessoa que menos esperava.
Lutando contra todas as hipóteses, com a ajuda dos seus fiéis amigos Gobi, o misterioso elfo Elthos e a sua família, Kiana questiona-se se será capaz de salvar o mundo. Ou se todos cairão às mãos de Dazorg e dos terríveis Vordon...

Opinião:

Compreendo que a escritora tenha escrito o livro com toda a dedicação, empenho e acreditando no seu valor, submeteu o seu trabalho a várias Editoras e mediante determinadas condições (acredito que tenha sido isto que se tenha passado) o livro foi aceite e publicado.

Sim sejamos claros a Chiado Editora publica os livros mediante pagamento, nada contra é um serviço, mas não deixo de achar uma certa piada quando vejo os escritores a agradecer por terem acreditado neles.

Mas será isso sinonimo de qualidade ? Acredito que poderá eventualmente ser um livro que quanto muito satisfaça jovens até aos 10 anos no máximo, é que se formos a ver bem, hoje jovens com 13 a 14 anos já gostam de ler Tolkien, George Martin entre muitos outros. E a fantasia deve ser dos géneros que mais puxam à imaginação, vale (quase) tudo.

Na verdade até existem livros para jovens que tem muita qualidade, Mundos Paralelos do Pullman, Jogos da Fome, Harry Potter são alguns dos exemplos disso mesmo.

Quanto ao livro, temos uma jovem que vive feliz numa aldeia, é avisada por um sonho que tem que sair dali, de um momento para o outro os seus pais adoptivos morrem ( ela chora por se sentir culpada da morte deles), vai ao encontro dos seus pais verdadeiros e descobre que é uma princesa Elfa. Por outro lado temos um vilão que vive numa cidade onde nada nasce e treina o seu exercito...bem o resto já estão a ver o que irá suceder....

Mesmo não havendo muito originalidade até podia haver situações que nos cativassem, por exemplos as personagens, a escrita, mas nada me conseguiu cativar, a personagem principal constantemente a chorar, as vezes que eu li "amo-te", enfim não consigo, por muito que me custe escrever isto, tirar algo que me tenha agradado, gosto da capa pronto, é pena pois considero a escritora muito simpática e só lhe desejo a maior sorte.

Nota-se claramente a falta de trabalho de um Editor, ao menos um mapa, vários erros ortográficos que desconcentram quem está a ler. Nada como arranjar uns leitores beta antes de avançar com a publicação dos livros, acredito que seja útil.

sábado, 8 de novembro de 2014

Revista nº 3 do Baú do Cantinho do Corvo Fiacha


Como o tempo passa e já vamos na 3 revista de O Baú do Cantinho do Corvo Fiacha e acreditem ou não, pouco sei do seu conteudo, neste caso apenas sabia que seria publicado mais um POV da Arya que já tive o prazer de ler.

Ainda não li tudo mas modo geral só posso estar *orgulhoso* do trabalho e carinho que aqui patente, fico contente de ver membros do grupo a participaram ativamente como foi o caso do Marco e o caso da Maria Rita, execelente.

Não posso deixar de agradecer a quem está por trás da revista, sabem quem são e que vos posso dizer ? A serio obrigado pelo vosso constante demostração de amizade :)

Quanto ao Forum Fantástico, nem sabem o que me chateia este secretismo todo em torno do programa mas cá estou eu novamente a divulga-lo, lá estaremos juntos e terei muito prazer em conhecer pessoalmente quer o Manuel Alves, quer o Nuno Ferreira (não estás esquecido por quem organiza esta revista).

Já agora e para vos deixar ainda mais curiosos com o talento do Manuel Alves aqui deixo algo desenhado pelo próprio, espero que gostem :)

Podem ler a Revista aqui