quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Eis o Homem de Michael Moorcock


Sinopse:

Quando a ficção-científica é de excelente qualidade, chamam-lhe literatura. Este é um desses casos...

Karl Glogauer é um homem dos nossos tempos. Quando o destino lhe oferece a possibilidade de viajar no tempo, ele não tem dúvidas quanto ao lugar e à época que quer visitar: a Terra Santa no tempo de Jesus. Mas o que poderia ser uma viajem turística à morte do Messias e ao nascimento da maior religião do mundo revela-se uma desilusão: Maria é a libertina da aldeia, José um velho amargo e Jesus Cristo apenas um deficiente mental. Devotado ao ideal de um Jesus real e histórico, Karl acredita que tem de fazer alguma coisa. Reunindo seguidores, repetindo parábolas que consegue recordar e usando truques psicológicos para simular milagres, Karl toma o lugar do Messias. Mas fará sentido um Messias que, no final, não morra na cruz?

Opinião:

Um livro que me foi oferecido pelo amigo Marco Lopes, tal como Brasil de Ian McDonald, escritor que vem ao Fórum Fantástico deste ano, e que se lê muito rápido, pois não tem mais de 100 páginas. 

Já tinha lido as aventuras de Elric, o príncipe albino dependente de ervas e do qual gostei bastante. No entanto, este livro apresenta um enredo totalmente diferente, embora em ambos os casos o escritor mostre a sua vertente mais progressista, com ideias de esquerda.

Penso que o resumo do livro não podia estar mais completo, gostei e claro não poderei comentar os acontecimentos (finais) do livro para não efetuar nenhum spoiler, mas de facto o personagem principal fez um esforço tremendo para que a história se concretize tal como a conhecemos. 

Além da forma bem pensada e erudita, divertida, irónica e mesmo sarcástica em relação à religião, como o escritor nos apresenta o enredo do livro, penso que é uma leitura que mesmo alguém religioso iria achar engraçado pois não é ofensiva nem chocante, na minha opinião. 

Um livro que embora seja contado de uma forma divertida e descontraída não deixa de levantar questões interessantes, estando a religião em antagonismo com a ciência e que nos faz pensar sem dúvida, se devemos ser crentes ou se temos a necessidade de ter algo concreto em que possamos acreditar. 

Do que mais prazer me deu, foi mesmo ler as notas do autor e conhece-lo um pouco melhor. Já tinha lido um prefácio feito pelo Neil Gaiman em relação ao escritor, no início da saga de Elric, mas aqui o escritor dá-se a conhecer, desde a sua infância às influências que teve, à sua visão ideológica e que no fundo até trespassa para o livro. 

Embora prefira as aventuras de Elric, que segundo parece aguarda melhores tempos para vir a ser publicado, se alguma vez o vier a ser, é um livro de leitura rápida e que está muito bem escrito, sendo o seu enredo bem original.

Prenda de anos dos meus colegas de emprego e não só :D






Ora aqui está duas das prendas que recebi nos anos, como podem ver na primeira imagem os meus colegas de emprego ofereceram-me o livro O Voo das Águias do Ken Follett, que conto ler em breve.

Mas nos meus anos e quem me conhece, sabe que o Corvo gosta de uma boa bagaceira, não é Medronho, é pena, mas ainda assim não me posso queixar, uma boa aguardente velha de Borba :D

E claro dá para conhecerem o meu felino que na primeira foto mais parece uma gata ehehehe, e na segunda deu-me um preciosa ajuda para as dedicatórias que os colegas de emprego escreveram :) 

Claro que tive mais prendas, muita gente me deu os parabéns ao qual só tenho a agradecer, em vários casos foi como se tivessem dado prenda na mesma, mas penso que é justo esta homenagem aos meus colegas :)

PS: enquanto escrevo isto o meu ajudante felino também deve estar a querer escrever algo, às tantas ainda tem mais talento :D

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O Espião Que Veio do Frio - John Le Garré




Sinopse :

O Espião que Saiu do Frio é um livro do género romance do escritor John Le Carré, publicado pela primeira vez em 1963 no Reino Unido. Em plena era da Guerra Fria, o espião britânico Alec Leamas é enviado à Alemanha Oriental para servir como agente duplo. Mas à medida que vão surgindo informações, o espião começa perceber que seus companheiros estão desconfiando de seu trabalho. Este livro foi adaptado ao cinema, num filme muito premiado de Martin Ritt, com Richard Burton e Claire Bloom nos principais papéis.

Finalmente li um livro deste escritor e só o fiz graças a ajuda de uma pessoa amiga que me indicou o livro na feira do livro de Lisboa. O meu exemplar é um livro de bolso publicado pela Editora Minerva e custou-me julgo 2 € e tinha lá tantos clássicos como por exemplo o Dracula do Stoker entre muitos outros.

Isto para dizer que por vezes podemos comprar bons livros a preços acessíveis, passamos por eles e muitas vezes nem reparamos, só não comprei mais porque julgo na altura já tinha uns 12 livros da Coleção Argonauta e claro já tinha ido à banca da SDE, mas garantidamente que para o próximo ano irei espreitar a banca desta Editora :)

Quanto ao livro em si correspondeu totalmente às minhas expetativas, sempre li que este escritor é considerado como um dos melhores a nível de livros de espionagem e mesmo sabendo que atualmente a mesma é feita de forma totalmente diferente, o livro foi escrito em 1963, logo no tempo da chamada guerra fria e está muito bem desenvolvido, com personagens cativantes, um enredo bem pensado e com uma escrita muito fluída o que ajuda a ler o livro rapidamente.

Sempre imaginei a coragem que tem que se ter para se ser espião, ter a vida em constante perigo, coloco aqui um excerto do livro:

"Um homem que representa um papel, não para os outros, mas sozinho, expõem-se a perigos psicológicos evidentes. Em si mesmo, o logro não é particularmente difícil; trata-se de uma questão de prática, de perícia profissional, de uma habilidade, em suma, que muitos de nós podemos adquirir. Mas enquanto um vigarista, um actor ou um batoteiro podem regressar da ribalta às fileiras dos seus admiradores, o agente secreto não goza dessa possibilidade. Para si, o embuste é, antes de mais, uma estratégia de auto-defesa. Tem de proteger-se do interior e do exterior e contra os impulsos mais naturais. Mesmo que ganhe uma fortuna, o seu papel pode impedi-lo de comprar nem que seja uma lâmina; mesmo que seja erudito, pode ver-se obrigado a tartamudear apenas banalidades; mesmo que seja um marido afetuoso, terá de ocultar a sua vida àqueles em quem, naturalmente devia confiar"

O livro está muito bem estruturado onde vamos sendo surpreendidos com diversos acontecimentos, tendo um final muito bem conseguido e claro um livro que levanta muitas questões morais, como por exemplo : Terá o espião sentimentos em relação a tudo o que tem que fazer para que no final a causa que defende saia vencedora ?

Um livro que de facto nos dá não só uma excelente historia, mas uma visão bem conseguida de como atua e pensa um espião e de uma intensidade psicológica muito forte, onde estamos sempre em suspense.

Soube bem mudar um pouco de livros, um prazer finalmente ler este escritor e garantidamente tentarei ler em breve o Espião Perfeito, livro que já estou à imenso tempo para ler e que tem estado à minha espera na estante :)

Grande livro, recomendo

domingo, 27 de outubro de 2013

Vencedor do passatempo A Canção de Kali



Chegou o momento de anunciar o vencedor de mais um passatempo feito no blogue que é:

Maria da Conceição Ruas da Trindade Maçarico Bernardes

Desde já os meus parabéns e espero que gostes tanto do livro como eu gostei :)

Aos que não ganharam, agradeço a participação e não percam a esperança, espero haver mais passatempos no blogue :)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A Canção de Kali de Dan Simmons




Sinopse:

Um manuscrito com poderes inimagináveis. Uma seita de assassinos disposta a tudo para o possuir 

Robert Luczak, jornalista e editor, é enviado a Calcutá para recuperar um manuscrito de uma raridade incalculável. O seu autor é um obscuro poeta indiano que morreu há quase dez anos. O manuscrito, no entanto, é mais recente, e estranhos rumores dizem que o autor ressuscitou para escrever essa obra.Aconselhado por um amigo a não aceitar a missão, Robert ignora o aviso e até leva a mulher e a filha recém-nascida. Uma decisão que o irá atormentar para o resto da vida. Calcutá é um lugar selvagem, agressivo, imundo e infinitamente estranho. Logo que chega Robert é arrastado para as entranhas da cidade e descobre que não é o único a perseguir o valioso manuscrito. O Culto de Kali - uma temível seita que conspira para invocar a Deusa da Morte e libertá-la sobre a Terra - está disposto a tudo para o encontrar: sangue, morte e até sacrifícios humanos.A Canção de Kali é a história de um homem disposto a ir ao próprio Inferno e a arriscar muito mais do que a vida. E você... está pronto para ouvir esta canção?

Opinião:

Sem dúvida um bom livro, onde a sinopse, praticamente resume e bem tudo o que este tem para oferecer. 

É impressionante a escrita do Simmons, o realismo e a forma como nos consegue transmitir a vida da cidade de Calcutá, chegando ao ponto de nos fazer sentir incomodados com algumas descrições pela sua violência e crueldade. Ficamos com a sensação de sentir os cheiros e a viver o próprio ambiente de uma forma bastante real. 

O enredo está bem pensado, acredito que se baseie em alguma viagem que o próprio escritor tenha feito à Índia e que a tenha transposto para o livro, onde, além de nos transmitir a imagem que tem da mesma, acrescenta, com arte, algumas questões morais, que aos olhos de um ocidental são verdadeiramente chocantes. 

O livro acaba por ter vários pontos interessantes, mas há um momento que marca o virar do enredo, para algo ainda mais atraente, que é o encontro com o poeta Das e a partir dai a narrativa torna-se bastante mais cativante. É óbvio que há outros momentos importantes, como o encontro de Robert Luczak e Chatterjee, onde existe um diálogo muito interessante, que nos faz refletir sobre as diferentes culturas em jogo no enredo. 

Ainda assim devo confessar que foi um livro que não me marcou tanto como O Terror, uma vez que este foi o que me levou a ler mais livros do escritor. 

O final foi, quanto a mim, algo estranho e não vi respostas a algumas questões que esperava serem respondidas, mas acima de tudo não senti empatia com as personagens. 

Não quer com isto dizer que não seja um bom livro, é, complexo e bem descrito, que vale bem a pena ser lido, mas que não me cativou tanto. 

Ainda assim quero ler mais livros do escritor, sem a menor dúvida.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Promoção na compra de 2 leve um 3 grátis




Bem aqui está um promoção que penso que é de aproveitar e vale bem a pena, na compra de dois livros podem escolher qualquer livro da coleção BANG, é de aproveitar e válido até dia 15 de novembro :)

Mais pormenores aqui

É de aproveitar :)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Rei do Inverno, volume I da Trilogia dos Senhores da Guerra de Bernard Cornwell



Sinopse:

Bernard Cornwell é um milagre literário. 

Uther, Rei Supremo da Bretanha, morreu, deixando o seu filho Mordred como único herdeiro. Artur, o seu tio, um leal e dotado senhor de guerra, governa como regente numa nação que mergulhou no caos - ameaças surgem dentro das fronteiras dos reinos britânicos, enquanto exércitos saxões preparam-se para invadir o território. Na luta para unificar a ilha e deter o inimigo que avança contra os seus portões, Artur envolve-se com a bela Guinevere num romance destinado a fracassar. Poderá a magia do velho mundo de Merlim ser suficiente para virar a maré da guerra a seu favor? O primeiro livro da Triologia dos Senhores da Guerra de Bernard Cornwell lança uma nova luz sobre a lenda arturiana, combinando mito com rigor histórico e as proezas brutais nos campos de batalha.

Opinião:

Hoje não tenho a menor dúvida, em afirmar que a Editora Saída de Emergência publica grandes Romances Históricos e que, na minha opinião, não são devidamente divulgados pela Editora, mesmo sendo um género em que esta aposta bastante.

Podia falar de imensos casos, mas indico a série Asteca onde nos é contada a ascensão e queda desse grandioso Império, As aventuras de Flashman, um cobarde com mais sorte que alguém possa imaginar e Os Leões de Al Rassan, onde o cenário se situa durante o período da invasão Árabe à Península Ibérica, como alguns dos exemplos de grandes obras publicadas pela Editora, neste género literário.

Quanto à leitura desta trilogia, dos Senhores da Guerra, era algo que desejava há imenso tempo, pois embora já tenha lido imensos livros do escritor, (sendo a Saga Saxônica a que mais gostei até ao momento), sempre vi referências a que era esta a sua obra-prima.

Este livro deixou-me completamente rendido, funcionando até muito bem como stand-alone, pois o livro encerra um ciclo em que ficamos plenamente satisfeitos. Mas ainda bem que há mais e se mantiver o nível aqui apresentado, junto-me àqueles que referem que estamos perante a melhor obra do escritor.

Estava um pouco relutante em ler esta trilogia, pois como podem ver centra-se na Idade da Trevas, um período onde existe muito pouca informação, mas sobre o qual muito já se escreveu. Já li, por exemplo, as Brumas de Avalon da MZB, A Tapeçaria de Fionavar do Gavriel Kay (embora que apresente um Artur mais para o Fantástico e não tanto como Romance Histórico) e este ano tinha acabado de ler o brilhante Ciclo Pendragon de Stephen Lawhead, que é, quanto a mim, a saga mais completa sobre Artur.

Por outro lado como já tinha lido vários livros de Benard Cornwell, conhecia um pouco o seu método de escrever, o que torna a leitura mais atraente, uma vez que ele nos apresenta um bom estudo do período/época sobre o qual está a escrever, personagens cativantes e as descrições de combates muito boas.

Mas acabei por ser surpreendido à medida que ia avançando com a leitura do livro, pois as personagens chave deste período, Merlim, Artur e Morgana, são-nos apresentadas de uma forma bem diferente de todas as outras já tão descritas por tantos escritores. E se pensam que será Artur a personagem mais cativante (até o pode ser), mas podem ter seguramente a certeza que irão ser surpreendidos pela positiva, uma vez que a história é-nos contada por Derfel, um Saxão que se torna aliado de Artur, e que, para mim, constitui uma personagem muito bem desenvolvida.

Para quem goste do período medieval, tem aqui as eternas lutas dos Bretões contra a invasão dos Saxões, lealdades, mortes cruéis, diferenças de ideologias, onde o Cristianismo se opõe ao conhecimento antigo (druidas), personagens muito bem desenvolvidas, intrigas politica, questões de honra, traições, tudo ingredientes para considerar que esta trilogia tem tudo para se tornar numa das minhas preferidas de Romance Histórico.

Mais que recomendado.

Romances Históricos com a Revista Sábado



a revista Sábado vai disponibilizar romances históricos a €4,99 a partir de dia 31 de outubro. Os livros são da Saída de Emergência e, a cada semana, até dia 28 de novembro, vão estar à escolha três títulos.

Para saber mais podem consultar aqui

A não perder as aventuras de Flashman, mais do que recomendado, tal como Sonho Febril de George Martin e claro um dos grandes mestres Bernard Cornwell que me está a encantar com a trilogia dos Senhores da Guerra  ;)

Aceitam-se sugestões :)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Passatempo - A Canção de Kali de Dan Simmons



Um manuscrito com poderes inimagináveis. Uma seita de assassinos disposta a tudo para o possuir Robert Luczak, jornalista e editor, é enviado a Calcutá para recuperar um manuscrito de uma raridade incalculável. O seu autor é um obscuro poeta indiano que morreu há quase dez anos. O manuscrito, no entanto, é mais recente, e estranhos rumores dizem que o autor ressuscitou para escrever essa obra. Aconselhado por um amigo a não aceitar a missão, Robert ignora o aviso e até leva a mulher e a filha recém-nascida. Uma decisão que o irá atormentar para o resto da vida. Calcutá é um lugar selvagem, agressivo, imundo e infinitamente estranho. Logo que chega Robert é arrastado para as entranhas da cidade e descobre que não é o único a perseguir o valioso manuscrito. O Culto de Kali - uma temível seita que conspira para invocar a Deusa da Morte e libertá-la sobre a Terra - está disposto a tudo para o encontrar: sangue, morte e até sacrifícios humanos.

A Canção de Kali é a história de um homem disposto a ir ao próprio Inferno e a arriscar muito mais do que a vida. E você... está pronto para ouvir esta canção?


Passatempo

Olá a todos, 

 Em parceria com a Saída de Emergência temos para oferecer um exemplar deste livro, do qual tive o prazer de recentemente ler O Terror, um livro verdadeiramente brilhante. Ainda não tive oportunidade de ler este livro mas conto lê-lo brevemente. 

 Para se habilitarem a o prémio deverão responder correctamente à pergunta abaixo e preencher os vossos dados dando atenção ao regulamento.

As respostas devem ser enviadas para o mail paulodores123@gmail.com

Qual a deusa a que a seita invoca ?
Nome Completo
Morada Completa
Nome de seguidor no blogue

 Regulamento:
- O passatempo decorre até às 23:59 do dia 25 de outubro, sendo excluídas todas as respostas que chegarem depois desse prazo. - Apenas será aceite uma participação por cada pessoa, por cada email e por cada morada. - Além da correcção das respostas às questões lançadas, também o preenchimento dos dados pessoais são factor de exclusão, devendo por isso corresponderem às normas como são solicitados. - O premiado será escolhido entre aqueles que apresentarem uma participação válida e a escolha será definitiva a menos que se apresente um caso de fraude.
- A escolha é feita através de um sistema de selecção aleatória. 
- O blogue reserva-se ao direito de fazer uma selecção das respostas validadas quando se apresentarem circunstâncias duvidosas da legitimidade da origem das mesmas.
- O nome do vencedor será publicado neste blogue e os mesmo será avisado por email.
- Em caso de não concordar com alguma destas regras, deverá abster-se de participar. 
- Deverão ser seguidores do blogue. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vencedor do Passatempo a Filha do Império e Serva do Impário













A vencedora deste primeiro passatempo do blog é:

Helena Isabel Guerreiro Muralha Bracieira

Desde já os meus parabéns, agradeço a todos os participantes e desde já pedir que não percam a esperança, em breve haverá outro passatempo no blog, estejam atentos :)

domingo, 13 de outubro de 2013

Windhaven - George Martin e Lisa Tuttle



Venha mergulhar neste mundo maravilhoso que George R. R Martin desenhou com a mestria e talento que fazem dele… o novo Tolkien.

George R. R. Martin, mundialmente famoso pela saga épica de A Guerra dos Tronos, alia-se a Lisa Tuttle na criação do mundo de Windhaven, um planeta que se tornou o refúgio dos humanos após um desastre espacial. Constituído por pequenas ilhas, clima impiedoso e mares infestados de monstros, Windhaven é uma terra que tem tanto de sonho como de pesadelo.

Ao descobrirem neste novo planeta a habilidade de voar com asas de metal, os voadores de asas prateadas tornam-se a elite e levam a todo o lado notícias, canções e histórias. Atravessam oceanos, enfrentam as tempestades e são heróis lendários que enfrentam a morte a cada golpe traiçoeiro do vento.

Maris de Amberly, filha de um pescador, foi criada por um voador e nada mais deseja do que conquistar os céus de Windhaven. A sua ambição é tão forte que a jovem desafia a tradição para se juntar à elite. Mas cedo irá descobrir que nem todos os voadores estão dispostos a aceitá-la e terá de lutar e arriscar a vida pelo seu sonho. Conseguirá Maris vencer ou tornar-se-á uma testemunha do fim de Windhaven?


Opinião:

George Martin é um dos meus escritores favoritos, já fui por diversas vezes surpreendido pelas surpresas que nos prega. Adoro A Guerra dos Tronos que é uma serie amplamente conhecida e onde o escritor, quanto a mim, é genial. Só desejo que acabe a saga tal como a começou, isto é bem e embora me pareça, que o escritor andou ali um pouco perdido no último livro, os últimos capítulos deixaram-me tranquilo e com a certeza que o melhor ainda está para chegar. 

Mas quis experimentar ler outros livros do escritor e que bela surpresa foi ler o seu livro, “Sonho Febril”, escrito há imenso tempo, muito antes de toda esta onda sobre vampiros, considero ser um dos melhores livros dentro do género (sobre vampiros).

Não li, ainda, os livros de contos do escritor onde muitos deles visam a FC, como por exemplo "O Cavaleiro de Westeros e outras histórias" (curiosamente o único livro que tenho autografado pelo escritor), pois não sou muito de ler livros de contos, embora já tenha lido alguns e de qualidade como a Voz do Fogo de Alan Moore. No entanto, nunca pensei ser surpreendido com tanta qualidade do escritor a nível de FC, neste “Windhaven” que deve ter sido o livro que li mais rápido, tal a ansia que o livro me provocou. Agora entendo bem o porquê de várias pessoas elogiarem tanto o seu trabalho de FC, fiquei completamente satisfeito com este livro e com vontade de ler mais histórias do escritor neste género literário. 

O livro tem tudo de bom a que Martin já nos habituou e acaba por ser um livro com uma escrita muito fluída, com um universo bem planeado, consistente, bem preparado e com personagens que rapidamente nos conquistam. 

Constituído por 3 novelas sempre com Maris como personagem central, que foi crescendo imenso à medida que o livro avança, qualquer uma destas novelas nos cativa. Se a primeira é bem desenvolvida, a segunda apresenta-nos outra personagem, bem complexa e interessante, que dá o nome à novela Val, também conhecido como Monoasa , e que veio revolucionar por completo o desenvolvimento do enredo. Depois temos um final muito bem conseguido. 

Um livro comovente, onde sofremos pelos personagens, desejando que consigam concretizar os seus objetivos, que fala de liberdade, na luta contra uma sociedade estagnada e com leis injustas, da necessidade da respetiva mudança, de justiça, de valores e que nos cativa desde a primeira página, levando-nos ao ponto de nos emocionar em vários momentos. 

Não sei mais como elogiar o livro, mas para terminar quero partilhar convosco a forma como acabei por ler os livros do universo das Jóias Negras da Anne Bishop. No seu primeiro livro vinha uma citação que o livro iria agradar a todos os admiradores da escritora Juliet Marillier. Na altura andava fascinado com a Juliet e levou-me a ler os livros da Anne Bishop. Embora não tenham nada a ver, estilos completamente diferentes ainda assim tinham algo em comum, a qualidade dos universos criados. 

Assim deixo a minha citação pessoal: 

"A todos os admiradores de Anne Bishop, Juliet Marillier, Robin Hobb e mesmo Jacqueline Carey, leiam este livro e no final sentirão o fascínio de ter lido uma bela historia....algo verdadeiramente MÁGICO"

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

À Boleia Pela Galáxia - Douglas Adams




Sinopse:
O Guia da Galáxia para quem anda à Boleia - 1º vol.

À Boleia Pela Galáxia:Segundos antes da Terra ser destruída para dar lugar a uma auto-estrada inter-galáctica, o jovem Arthur Dent é salvo pelo seu amigo Ford Prefect, um alienígena disfarçado de actor desempregado. Juntos, viajam pelo espaço na companhia do presidente da galáxia (ex-hippie, com 2 cabeças e 3 braços), Marvin (robot paranóico com depressão aguda), e Veet Voojagig (antigo estudante obcecado com todas as canetas que comprou ao longo dos anos). Onde estão essas canetas? Porque nascemos? Porque morremos? Porque passamos tanto tempo entre as duas coisas a usar relógios digitais? Se quer obter estas respostas, estique o polegar e apanhe uma boleia pela galáxia. O Restaurante no Fim do Universo:"A primeira tentação para o leitor mais desprevenido que se cruze com "O Restaurante no Fim do Universo", julgando tratar-se de um apetitoso livro de culinária pejado de receitas do outro mundo, será entrar em pânico [...] Eu compreendo: é provável que nunca antes ou depois deste livro, o caro leitor se tenha cruzado com tal torrente de ideias, conceitos, lições de vida e piadas, concentrada em tão poucas páginas. Um começo, para evitar grandes ataques de stress, será ler o primeiro volume desta trilogia em cinco livros: "À Boleia Pela Galáxia". Mas mesmo assim, não ficará livre de uma valente overdose de ideias brilhantes, quando exposto a "O Restaurante no Fim do Universo", o livro que o seu autor, Douglas Adams, considerava o mais conseguido de toda a saga. A média de estrondosas ideias por página é, em qualquer livro de Adams, avassaladora... mas este bate todos os recordes." Excerto da Introdução, por Nuno Markl

Opinião:

Depois de ler tantos comentários positivos ao livro deste escritor, tive a  sorte de o ter adquirido na feira do livro na banca da Editora SDE, por um preço bastante apelativo (alias ao que está atualmente), decidi-me ler e em boa hora o fiz.

Um livro que retrata bem o espirito do início da colecção Bang, uma excelente aposta por parte da Editora, pois esta saga é aclamada lá fora, sendo eleita como uma das melhores sagas de Fantasia. É com muita pena minha, que vejo apenas dois livros publicados em Portugal e duvido que venham a ser publicados mais. Fico com a sensação de que os leitores ao lerem palavras ou expressões como : robot, galáxia, outros mundos, entre outras, colocam logo de parte este tipo de livros, muitas vezes sem sequer fazerem ideia do seu valor e das boas histórias que surgem neste género literário.

Mas pronto, é sabido e mais do que debatido que a FC (fico com a ideia de ser mais FC do que de fantasia) não vende, a nova geração de leitores prefere palavras como Erotismo, Vampiros, etc e está muito bem, cada um lê o que gosta, mas tento sempre fazer ver que há bons livros de FC e Fantasia e este é seguramente mais um excelente exemplo.

Um livro divertido, com uma escrita que se lê de uma forma fluída, com personagens que embora não sejam muito aprofundadas não deixam ainda assim de nos cativar.

Momentos caricatos, que por vezes nos deixam completamente baralhados e nos fazem ler uma segunda vez o que realmente o escritor está a escrever, este é seguramente um livro que modo geral agradará a todos e atenção é um livro escrito com muita inteligência, pois não deixa de ser uma critica a muita coisa que se passa pelo nosso planeta.

São muitas as coisas que podia referir, a importância de andar sempre com uma toalha, a importância do número 42 (meu deus nunca lá chegaria), quem esteve por trás da origem do planeta Terra, enfim são tantas as situações hilariantes que só posso dizer aproveitem o excelente preço, e comprem que ficam muito bem servidos.

"Adams satiriza capitalismo, governo, grandes corporações, religião organizada, militarismo...Simplesmente delicioso" - Library Journal

Mais que recomendado, de leitura obrigatória ;)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ubik - Philip K. Dick


Sinopse:

Ubik é uma irreverente história sobre a morte e a salvação escrita pelo consagrado escritor americano Philip K Dick. Foi eleito em 2005 pela revista TIME, um dos cem melhores romances de língua inglesa, publicados a partir de 1923. Em uma sociedade futurista, Glen Runciter é dono de uma empresa responsável por rastrear psis, indivíduos com habilidades especiais, como telepatas e precogs. Ele e seus funcionários caem na armadilha de uma empresa rival, e Runciter morre. Seus funcionários passam a receber estranhas mensagens de Runciter em moedas e embalagens de cigarro. O tempo começa a retroceder e eles terão que lutar contra a degeneração física e mental. A solução pode estar no spray Ubik, mas conforme a trama se desenvolve, menos fica claro quem realmente precisa ser salvo.


Opinião:
Mais um excelente livro de FC que leio este ano, depois de Haruki, Brian Aldiss e mesmo Harry Harrison.

Mas, para mim, foi a curiosidade de conhecer finalmente o que estava por trás da escolha deste nome, como nick, por parte de uma pessoa amiga, com quem passei bons momentos no Fórum Bang, e que tenho o prazer de conhecer pessoalmente. Sendo um dos meus conselheiros, neste género de literatura, é também, sempre que possível, companhia certa na feira do livro de Lisboa, que acaba por ser sempre um dia bem passado.

Mas foi só mesmo por um acaso que encontrei o livro, na estante de um irmão, e claro não resisti. Quando vi que era deste escritor ainda fiquei com mais vontade, pois já tinha lido um outro livro do mesmo autor, muito bom O Homem do Castelo, publicado pela SDE e que recomendo.

E, como podem ver, pela sinopse do livro, é claramente um livro de ficção científica, onde de início percebemos o que se está a passar mas que com o decorrer do enredo acabamos por ficar baralhados, falo por mim, tal a complexidade e a forma como o escritor preparou a trama, deixando-nos confusos com a mesma. Mas, depois no final, tudo acaba por ficar esclarecido sobre quem está por trás do que se está a passar.

Gostei da forma como foi planeado o livro e das personagens que acabaram por criar um bom livro dentro de um género que, quanto a mim, anda a passar ao lado de muita gente. São vários os bons livros / escritores que tenho encontrado, livros que se podem encontrar a um bom preço e que estão muito acima do que por ai hoje se publica.

Quero sem dúvida ler mais livros do escritor, recomendo este tipo de literatura e claro estou contente por finalmente ter conhecido o que é Ubik...faz bem à saúde.