quinta-feira, 11 de novembro de 2021

"O Acordo da Rainha" de Anne Bishop

 


Sinopse

O Regresso ao Mundo Negro, Sensual e Poderoso das Joias Negras


Depois de um erro de juventude, a reputação do Senhor Dillon ficou arruinada, deixando-o vulnerável perante as jovens aristocratas que procuram um pouco de diversão. Para recuperar a honra, necessita de uma ligação acima de qualquer suspeita. Acreditando que deixou para trás a nobreza que o desprezou, escolhe Jillian, uma jovem protegida de Lucivar Yaslana, o imprevisível Príncipe dos Senhores da Guerra de Ebon Rih.

Por outro lado, o casamento de Surreal SaDiablo e Daemon Sadi está a desmoronar-se. Este reconhece que algo não está bem, mas não percebe que ao reprimir a própria natureza para poupar a mulher está lentamente a destruir-se. Pior: a pessoa que o poderia ajudar desapareceu de todos os reinos — a Feiticeira, a única Rainha suficientemente poderosa para o controlar.

Enquanto Jillian vive as emoções do primeiro amor com Dillon, Surreal e Daemon lutam para salvar um casamento de pesadelo, enquanto Lucivar procura uma forma de manter a família a salvo…

Opinião

Este livro despertou-me a curiosidade, não só pela escritora, mas acima de tudo por ser um regresso a um universo que gostei muito de conhecer, o das Joias Negras e não deixa de ser uma sensação agridoce, foi muito bom rever personagens que nos são queridas, como Daemon, Lucivar ou mesmo Surreal, mas por outro lado não sei se a escritora fez bem em voltar a este universo, que tinha ficado bem encerrado e com as pontas todas devidamente atadas, acho que perde em certo sentido a "magia".

Agora sem duvida onde a escritora mais se destaca é neste universo, a sensualidade, o humor negro, a escrita destinta e fluida, isso sem duvida que está presente, sempre um certo mistério presente com as reações que Lucivar ou mesmo Daemon possam vir a ter, as personagens secundárias também interessantes, embora Surreal, sempre tão misteriosa, temida e mortífera tenha estado muito longe daquilo que conhecíamos, mas ainda assim foi bem desenvolvido quer a nível de personagens quer de enredo.

Agora aquilo que sempre me custou na escritora, foi não ter coragem de "matar" um personagem principal, haver um verdadeiro vilão capaz de provocar danos, de nos deixar em choque e isso a meu ver faz falta, pois por mais voltas que o enredo leve, no fim temos sempre um final feliz.

Pela forma como foi desenvolvido acredito que possamos vir a ter mais livros neste universo, mesmo não tendo o mesmo "encanto" vou querer ler, pois ainda há muito por explorar e claro obviamente que recomendo a leitura deste livro a todos os admiradores deste universo.




terça-feira, 17 de agosto de 2021

"A Espada do Leopardo" Livro nº 5 Saga Império de Antonhy Riches



Sinopse

Um bravo guerreiro. Um exército de bárbaros. Um império em busca de um herói


Para proteger os amigos que o ajudaram a derrotar os agentes romanos do imperador, Marcus tem de deixar a província que o acolheu e protegeu. Como Marcus Tribulus Corvus, centurião da Segunda Coorte dos Tungros, ele lidera os seus homens até à Germânia Inferior. É lá que encontra um mundo bastante diferente da turbulenta fronteira britânica – mas com perigos muito próprios.

Tungrorum, o centro de uma outrora próspera província agrícola, é agora ameaçada por um surto de roubos violentos e brutais. Obduro, um homem que se oculta por detrás de um elmo de cavalaria, é o chefe dos bandidos e está a roubar e a matar impunemente. A sua espada – afiada, forte e mais mortal do que qualquer uma conhecida do exército romano – é o símbolo letal do seu poder imparável. E agora ele deixou para trás os meros roubos e ameaça destabilizar toda a fronteira norte do império…

Opinião

A meu ver, este volume é o melhor até ao momento, um livro que nos cativa do principio ao fim, onde o escritor vai seguindo a ação de acordo com alguns factos históricos, que nos são explicados, onde é exemplar a informar toda a organização politica e militar do Império Romano e claro depois Riches prova ser um bom contador de histórias, com um enredo bem desenvolvido, personagens que se vão tornando cada vez mais marcantes e tudo isto feito com uma escrita cada vez mais cativante.

Neste volume a ação muda completamente de cenário do que estávamos habituados, os nossos amigos Romanos, vão enfrentar um misterioso grupo de bandidos comandados por Obduro, um personagem que trouxe uma enorme mais valia, que nos vai deixando completamente curiosos por saber quem é, que está a par de tudo sobre como os nossos amigos vão proceder para os capturar, estando sempre um passo à frente e que nos causa uma enorme surpresa, quando por fim é revelada a sua personagem, gostei bastante.

Obviamente o nosso personagem principal Marcus, terá novamente um papel importante, revelando-se um personagem cada vez mais interessante, feroz e exímio a combater, mas também provando ser extremamente inteligente, não deixando de passar imenso para poder sobreviver, pois o seu segredo está sempre a vir á tona, alias o próprio Obduro, sabia da sua identidade, mas é um personagem que vai subindo quer na nossa consideração quer na dos colegas, que cada vez mais o admiram.

Não quero revelar muitos mais pormenores, apenas referir que a saga está cada vez melhor, uma leitura que nos cativa, nos entusiasma e que ficamos sempre desejosos de saber que mais aventuras os nossos amigos terão que enfrentar. 




sexta-feira, 30 de julho de 2021

"O Portador das Chamas" Crónicas Saxónica nº10 de Bernard Cornwell


Sinopse

Uhtred quer reconquistar Bebbanburg. Nada, nem ninguém, o irá travar…


A Britânia está finalmente em paz. Sigtryggr, senhor da Nortúmbria, e a rainha Æthelflaed, senhora da Mércia, chegaram a um acordo e decretaram tréguas, com o apoio do maior guerreiro da época, Uhtred de Bebbanburg. Perante a inesperada calma, Uhtred vê então chegada a oportunidade de recuperar as suas terras, roubadas pelo seu tio muitos anos antes — e agora mantidas pelo seu ardiloso primo.

No entanto, o destino é implacável. Há um novo inimigo a lutar pelos reinos de Inglaterra, o temível Constantin da Escócia, que aproveita o clima de incerteza para comandar o seu exército em direção a sul e conquistar as terras da Nortúmbria. Porém, Uhtred está determinado a alcançar o seu sonho, e nada, nem novos nem antigos inimigos, será capaz de o manter afastado do seu direito de nascimento.

Opinião

Cada vez gosto mais destas Crónicas Saxónicas pois alem dos enredos serem cada vez mais bem elaborados, com menos descrições de combates, que por sinal são sempre muito bem descritos e preparados, apresentam-nos um protagonista mais experiente, mais ponderado, mais racional, tornando-o mais cativante, bem como intrigas politicas e volte faces nos enredos que acabam por nos surpreender. 

É impossível chegarmos a este volume e não sermos admiradores de Ultred, da sua forma de ser, de pensar, dos seus sonhos, dos diálogos sempre interessantes que tem com os membros do clero, a relação que tem para com os filhos de Alfredo, com os seus companheiros, com os seus filhos, das suas mulheres, enfim cada vez melhor este personagem.

Este volume apresenta-nos algo determinante e foi interessante ver finalmente Uhtred senhor de Bebbanburg, conseguiu finalmente realizar o seu sonho e do qual todos nós ansiávamos sendo que a forma como o faz é simplesmente brilhante, mais a mais com as dificuldades e inimigos que teve que enfrentar, muito bem conseguido. 

Agora estará o sonho de Alfredo realizado ? Haverá paz para Uhtred agora que realizou o seu sonho ? Acredito que ainda terá que enfrentar muitos inimigos, que certos juramentos feitos ainda o vai obrigar a muito e é sempre interessante seguir a forma como Conwell faz com que a história leve volte faces.

Seja como for, um sentimento começa a surgir, é que as crónicas na sua versão original é composta por 13 volumes, começa a ser preparado o final e com isso um sabor agridoce, pois não tarda e tudo acaba, deixando os admiradores a suspirar por mais, mas até lá é desfrutar do prazer da leitura destes livros, pois a meu ver é do melhor que anda no mercado a nível de Romance Histórico.


sexta-feira, 23 de julho de 2021

"Tempos de Tempestade" de Andrzej Sapkowski


 

Sinopse

Venha conhecer a saga que deu origem à série The Witcher da NETFLIX


Geralt de Rívia. Um bruxo cuja missão é proteger as pessoas comuns dos monstros criados através de magia. Um mutante que tem a tarefa de matar seres que não são naturais. Ele usa um símbolo mágico, poções e o orgulho de qualquer bruxo – duas espadas, metal e prata. Mas o que aconteceria se Geralt perdesse as suas armas?

Neste romance, Geralt luta, viaja e ama de novo, Jaskier canta e continua a atrair problemas, os feiticeiros conspiram… e por todo o mundo as nuvens estão a juntar-se – estão a chegar tempos de tempestade!

Tempos de Tempestade é o aguardado regresso de Andrzej Sapkowski ao mundo de Geralt de Rívia, a personagem que o catapultou para a fama mundial. Nesta prequela da saga voltam a brilhar as virtudes que o converteram, possivelmente, no melhor escritor contemporâneo de fantasia: o seu estilo inimitável e o seu rude realismo temperado com humor negro.

Opinião

É sempre um prazer voltar a este universo e embora este volume seja uma preguela, está ao nível da serie a todos os níveis, sendo que, gostei que a história tenha ficado toda resolvida neste volume, deixando ainda assim a porta aberta para haver continuação.

Muito humor negro, muito suspense, uma escrita fluida e criativa, boa descrição de combates, um enredo bem desenvolvido apresentando bons mistérios que nos deixam curiosos, como por exemplo quem está por trás do roubo das espadas de Geralt, personagens sempre bem construídas e cativantes, logo tudo o que me tinha feito um admirador da serie está lá.

São estes livros que acrescentam mais valia à Coleção BANG! pelo que só posso elogiar a Editora não só com a publicação de toda a serie mas também deste volume.

Espero que o escritor volte, um dia, a nos deliciar com mais aventuras deste universo, seja como for ficará sempre como um dos meus escritores favoritos, não o melhor, mas dos melhores neste género literário.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

"O Deus das Moscas tem Fome" de Luís Corte Real


Sinopse:

Quem é Benjamim Tormenta, o famoso detetive do oculto que se move na Lisboa do século?


Benjamim Tormenta. Figura elegante e misteriosa, tanto é avistada nos salões luxuosos da capital como nas ruelas decadentes de Alfama, em palacetes de Sintra ou casas de ópio de Macau. Cruzando-se com figuras como o rei D. Luís, Fontes Pereira de Melo ou Eça de Queiroz, ele usa as suas habilidades na Lisboa secreta: a dos deuses negros convocados por burgueses ociosos, das aberrações vindas do outro lado do Cosmos, dos livros amaldiçoados e da mais perigosa sociedade secreta do império português: a Irmandade da Serpente Verde. O que poucos sabem é que também Tormenta esconde um segredo tenebroso. Preso no seu corpo pela magia de muitas tatuagens está um demónio milenar que se quer soltar e espalhar a destruição, primeiro em Lisboa e depois no mundo.

Opinião:

Confesso que a minha curiosidade por ler este livro muito se deveu a ser escrito pelo  Editor da Coleção BANG!, pois foi graças à sua coragem que se publicou entre nós escritores como Scott Lynch, George Martin, Robin Hobb, Dan Simmons, Frank Herbert, entre muitos outros, que me fizeram ter intermináveis horas de leitura, conhecendo universos e personagens que jamais esquecerei.  Aquilo que mais me apetece dizer já é para quando o segundo volume ? Que seja o primeiro de muitos volumes, pois são estes livros que me fazem ser admirador da Coleção BANG!.

Tem tudo o que gosto nos livros, uma escrita diferenciada, de qualidade, que distingue os bons escritores, personagens que nos cativam e acredito muito que Benjamim Tormenta, o bruxo do oculto, irá ser um personagem muito marcante e por ultimo um enredo passado numa Lisboa do Seculo XIX onde se cria um ambiente de muitos mistérios.

Pessoalmente considero que a fantasia abre uma vasta variedade de oportunidades à criatividade, mas gosto muito que seja bem utilizada, que seja feito com coerência e um bom exemplo disso é o demónio que habita a mente do nosso personagem, preso pela magia de muitas tatuagens, além de ser muito bem desenvolvido, de ser uma tremenda mais valia para todo o enredo, permite-nos sonhar, ansiar por ver como irá no futuro ser desenvolvida e que segredos tenebrosos pode trazer para todo o enredo, para já sabemos que pretende se libertar da mente do nosso protagonista e não só destruir Portugal mas como o mundo.

Por outro lado, é com prazer que vejo um escritor nacional com tanta qualidade, que escreva sobre segredos e mistérios que ocorrem em Portugal, em especial na misteriosa Lisboa, que o protagonista seja Português e mesmo que a ação possa mudar de local não me choca nada, pelo contrario até abrirá a porta a muitos outros enigmas.

Adorei todo o ambiente criado, muito mistério, muito oculto, fantasia, alguns momentos de terror, negros mesmo, às tantas nem se percebe bem que género literário estamos a ler. Repleto de jogos políticos do qual sou admirador, em especial no ultimo conto, seres repugnantes até tive o prazer de ver algo que gosto muito nos livros, venenos e todos os seus encantos.

Penso já ter dado a entender que Benjamim Tormenta tem tudo para se tornar um grande personagem, já li muitos que são famosos como o Elfo Negro, Elric, Conan, Geralt, entre outros e digo muito sinceramente que Tormenta não fica atrás de nenhum deles. Mas há muitas outras personagens cativantes e marcantes, até Ramanujan, o criado de Tormenta, o é e acredito que no futuro ainda ouviremos falar e muito de madame Wei, a líder da Irmandade da Serpente Verde.

Finalizo, que isto já vai longo, referindo que gostei praticamente de todos os contos e "Se o Deus das Moscas tem Fome" foi interessante, o que dizer do último conto "O Sangue que os Velhos Bebem" bem um espetáculo mesmo.

Mas nisto nada como comprarem e lerem por si, meus amigos vale muito a pena.



quinta-feira, 15 de abril de 2021

"O Deus das Moscas tem Fome" de Luís Corte Real - Divulgação


 

Quem é Benjamim Tormenta, o famoso detetive do oculto que se move na Lisboa do século?


Benjamim Tormenta. Figura elegante e misteriosa, tanto é avistada nos salões luxuosos da capital como nas ruelas decadentes de Alfama, em palacetes de Sintra ou casas de ópio de Macau. Cruzando-se com figuras como o rei D. Luís, Fontes Pereira de Melo ou Eça de Queiroz, ele usa as suas habilidades na Lisboa secreta: a dos deuses negros convocados por burgueses ociosos, das aberrações vindas do outro lado do Cosmos, dos livros amaldiçoados e da mais perigosa sociedade secreta do império português: a Irmandade da Serpente Verde. O que poucos sabem é que também Tormenta esconde um segredo tenebroso. Preso no seu corpo pela magia de muitas tatuagens está um demónio milenar que se quer soltar e espalhar a destruição, primeiro em Lisboa e depois no mundo.




Luís Corte Real fundou a Saída de Emergência em 2003. Desde então criou a Coleção Bang! (que lança em Portugal os melhores autores de fantástico da atualidade e muitos clássicos) e a Revista Bang! (uma publicação semestral e gratuita dedicada à fantasia, FC e horror). Também editou autores como a Nora Roberts e Mark Manson, mas vocês não querem saber disso.

As paredes de sua casa estão ocupadas por todo o tipo de livros, banda desenhada, manuais de Dungeons & Dragons e Call of Cthulhu, jogos de tabuleiro, action figures e mais caixas de Lego do que aquelas que consegue montar. O Deus das Moscas Tem Fome é a sua primeira obra — uma espécie de X-Files na Lisboa de Eça de Queiroz, com influências que vão de H. P. Lovecraft e Arthur Conan Doyle a Mike Mignola.