terça-feira, 1 de abril de 2014

Resposta da SDE aos seus leitores

Viva,

Na sequência da sugestão que fiz na página da Editora SDE no Facebook que podem ver aqui aqui deixo a resposta dada pelo Editor Corte Real até porque se pode acabar por passar ao lado no meio dos vários comentários, caso queiram ver os desenvolvimentos no Facebook é ver aqui

 
Por Luís Corte Real
Editor

Boa tarde a todos os fãs da Saída de Emergência,

Queria agradecer ao Fiacha e a todos os fãs da editora que deixaram as suas opiniões. Sem elas podemos ficar na ilusão de que estamos a fazer um trabalho perfeito quando na verdade os nossos leitores estão insatisfeitos com algumas questões. Vou tentar abordar todas, da forma o mais transparente possível, sendo que não prometo que as respostas sejam exatamente aquelas que todos gostariam de ouvir. Ao trabalho, então!

COMUNICAÇÃO
Tanta coisa mudou em 11 anos. Nem havia Facebook quando começámos. A SdE tem crescido, mudado, e também a sua forma de comunicar com os leitores tem sofrido mutações constantes. Blogues, vários fóruns, Twitter, emails diretos, Facebook, há muitas formas de chegar à editora e tentamos marcar presença em todas. Talvez nos tenhamos estendido demais e complicado a nossa vida. Mas uma coisa é certa, aqui, no Facebook, estamos a esforçar-nos por não deixar nenhuma pergunta por responder. Mesmo quando a mesma pergunta já foi respondida várias vezes. Apesar das nossas atuais falhas, que reconheço, os nossos fãs mais justos também terão de reconhecer que não há muitas editoras que tentem responder com tanta prontidão como nós. Mas quero deixar uma mensagem bem clara: a SdE pode, quer e vai melhorar a sua comunicação.

BRASIL
Alguns fãs têm receio que a nossa ida para o Brasil signifique que voltámos as costas a Portugal, que temos menos tempo para os nossos fãs originais. Só posso dizer uma coisa: nunca! São projetos diferentes, com pessoas, na sua maioria, diferentes. Pelo contrário, se o projeto no Brasil continuar a correr bem, vai dar-nos uma solidez maior para fazer frente à crise que o mercado editorial português está a sentir. A crise, essa sim, e não o Brasil, obrigou-nos a desacelerar. Aliás, a crise é um assunto tão importante que merece o seu próprio parágrafo.

A CRISE
A palavra de ordem, e que já ninguém consegue ouvir, é AUSTERIDADE. Empresas vão à falência, lojas fecham, o desemprego aumenta, os impostos também. O mercado livreiro e editorial, como os mais atentos devem reparar, não ficou imune (a lista de editoras, distribuidoras e livrarias que fecharam nos últimos anos não é curta). No entanto a SdE continua aqui, a publicar, a tentar deixar os seus fãs satisfeitos. Gostávamos de estar a fazer as coisas de forma diferente, e quando o país sair deste período negro, certamente que o faremos. Mas não é justo pedir que continuemos a trabalhar como fazíamos há 5 ou 6 anos quando o país, aparentemente, tinha um futuro risonho e toda a gente tinha dinheiro para gastar num bom livro. Apesar de tudo, este ano vamos ter apostas fortíssimas na fantasia, como é o caso do Brandon Sanderson. Mas há mais!

DIVISÃO DOS LIVROS
Não é uma coisa de agora, já dividimos livros há muitos anos, e sempre pela mesma razão: se não dividirmos, o projeto é comercialmente inviável e não poderá sair do reino dos sonhos. Lembrem-se que o próprio George R.R. Martin, quando foi publicado pela primeira vez há 7 anos, estava longe de ser o fenómeno que é hoje e foi um tremendo risco para a SdE apostar tanto nele. Se não o tivéssemos dividido teríamos perdido dinheiro com todos os livros até a série da HBO ter estreado. Outros autores que dividimos são autores que amamos, de uma qualidade tremenda, mas que vendem pouco e se não forem divididos NÃO podem ser publicados: é o caso dos fenomenais Dan Simmons, Robin Hobb e Guy Gavriel Kay. Seria melhor pura e simplesmente não os publicar? Duvido que essa fosse a melhor opção. Acreditem: não dividimos os livros de forma leviana ou para ganhar mais. O objetivo é não perder. E garantir no nosso catálogo os MELHORES nomes do fantástico.

ALTERAÇÕES DE DATAS DE PUBLICAÇÃO
Há uma boa razão para praticamente nenhuma editora adiantar datas de publicação: a facilidade com que um agente, tradutor, revisor, paginador, designer, editor, impressor ou comercial se atrasa a entregar o seu trabalho… e lá se falha uma data. E depois os fãs cobram. A solução mais inteligente é não adiantar datas. Mas preferimos continuar a fazê-lo, correndo o risco de vocês se zangarem connosco. Prometo, no entanto, que estamos a tentar falhar cada vez menos!

SAGAS QUE FICAM A MEIO
Este ponto tem relação direta com a crise. Quando não há fãs suficientes para manter uma série em pé, por melhor e mais fascinante que ela seja, a única solução é interrompe-la. Caso contrário é o descalabro financeiro. Mas não pensem que interrompemos séries com agrado, por vezes até já temos os direitos comprados e não conseguimos publicar os livros todos. Mas este infortúnio não é um exclusivo da SdE: todas as editoras que publicam fantasia, onde imperam séries com vários volumes, correm o risco de as abandonar a meio. Felizmente algumas das que estão paradas (Patricia Briggs ou Kim Harrison) têm volumes autónomos e a ação não foi interrompida num cliffhager. Outras conseguimos voltar a recuperar (Sherrilyn Kenyon). Se os livros tiverem procura e o mercado permitir, não duvidem, somos os principais interessados em recuperar as séries.

Penso que respondi às principais queixas que os nossos fãs fizeram neste post. Há sempre mais perguntas a fazer, novas perspetivas a abordar, mas uma coisa quero deixar bem claro: não nos aburguesámos, não crescemos demais, não deixámos de ser fãs de fantástico. Somos uma editora média, a viver num mercado de grandes grupos, num país meio falido. Não é fácil oferecer um serviço perfeito nestas condições, mas estamos a dar o nosso melhor e contamos convosco para nos acompanharem neste caminho.

Um abraço e votos de boas leituras,
Luis CR


Agradeço a resposta, foi reconhecido que a COMUNICAÇÃO com os leitores não tem sido a melhor, espero que tenha sido útil a sugestão, interessante para percebermos a prespetiva da Editora sem duvida, mas....que tem a dizer ?

Divisão de Acácia fará sentido ? Será mesmo que os livros da Patricia Briggs funcionam como stand-alone ? bem fico por aqui que a Editora tenha enorme sucesso é o que mais desejo e claro continuarei a ler e a divulgar os seus livros.

Já agora a todos os que comentaram, não somos muitos infelizmente, obrigado pelos comentários que colocaram quer no blog quer no Facebook, acredito que tenham sido úteis para a Editora perceber que nem tudo tem sido perfeito.

44 comentários:

  1. Muito bom, amigo Corvo. Eu acho que por mais razões que a editora tenha, uma resposta aos leitores é devida sim. Gostei da SdE ter sido integra ao responder diretamente a cada ponto da sua sugestão.

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    1. Viva amiga Cassi,

      Sempre nos habitou a isso dai estranhar o tratamento que estavamos a ter, mas sim valeu a pena o esforço, que a SDE faça um sucesso enorme no Brasil e acima de tudo que tenham mais gosto por livros de qualidade como nós lol que andamos numa de Erótico, não tenho a menor duvida que se Lynch, Herbert, Gavriel Kay, Hobb, Carey e muitos outros que tanto gostamos vendesse bem a Editora não parava de os publicar, mas resta acreditar que um dia voltem ao que é bom (no nosso entender, claro)

      Bjs e tudo de bom :)

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  2. Como o Luís Corte Real diz logo no inicio "não prometo que as respostas sejam exatamente aquelas que todos gostariam de ouvir" e isto resume a coisa. Como é óbvio não estava à espera de grandes mudanças. Compreendo ambos os lados, os leitores não gostam de ser defraudados nas suas expectativas e carteiras e a editora gostaria de publicar mais do que nós gostamos, mas as circunstancias não o permitem e quando conseguem tem de recorrer a algumas "artimanhas" ( a divisão de livros) para que consigam continuar a publicar. Gostava que mais leitores compreendessem o quão complexo é o mundo da edição (nesse sentido aconselho vivamente a leitura de "O Negócio do Livros" de André Schiffrin, um magnifico livro que faria muitos olhar com novos olhos para a publicação de livros).

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    1. Viva Marco,

      Penso que no fundo baralhou-se as cartas e ficou tudo na mesma lol, mas a grande sugestão que pretendi deixar à Editora foi a forma como estavam a comunicar num espaço que se pode considerar ofical da Editora e a ns respondia e a outros nã, assististe a isso tenho a certeza e eu logo de inicio referi que a Editora quer vender bem e os leitores satisfeitos.

      Claro que fiz algumas observações que achava menos bem, mas respeitava, mas não quer dizer que no lugar de leitor seja obrigado a gostar.

      Diz-me lá então por exemplo a serie Acacia (começa a ficar espaçado e pelo que percebo mais uma que vamos deixar de ler e faltam apenas dois livros) tem cerca de 300 páginas cada livro ? Jusifica, achas que beneficia para que depois venda ?

      Publicas 6 livros da Briggs faltam dois e agora os livros funcionam como stand alone ? E nós como ficamos ? e quantos estou eu à espera que se publique e não deixo de divulgar como Duna por exemplo ? Eu até compreendi que fase à situação do mercado (sei bem que têm que pagar salários) não é favorável e eu como fico quando pergunto e nem resposta tinha ?

      Mas tudo bem, vamos é tentar ajudar ao máximo para que a Editora recupere e que tenha imenso sucesso no Brasil....ajudava o Martin publicar o Winter Is Coming :D

      Abraço :)

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    2. Foi isso mesmo que se passou, baralhar e dar outra vez, mas estavas à espera de quê?

      Eu não gosto das divisões mais que tu ou os outros leitores, mas lembra-te que os livros do Robert Jordan não foram divididos e vê o que lhes aconteceu... embora alguns desses que mencionas foram e também foram ou está a ser cancelados portanto é só escolheres no que queres acreditar.

      Os problemas dão vários, para começar da parte dos leitores é o total desconhecimento como funciona o mercado editorial e da parte das editoras é o secretismo e falta de transparência das suas decisões num mundo onde tudo se sabe. Não custava nada dizer "É pá vamos ter de dividir para que ter mais rendimento e assim conseguir pagar as contas" simples e honesto, se eu ficava mais contente? Não, mas percebia, assim as pessoas ameaçam que fazem e acontecem e dão má imagem da editora. Os leitores que podem migram para as leituras em inglês e deixam de contribuir. O problema é que editoras como a SdE vivem dos livros traduzidos, em especial dos de língua Inglesa o que é um perigo. Deviam ter começado a apostar mais cedo nos autores Portugueses, mas forte e feio, para que a malta que gosta não tivesse hipótese de fazer esta migração para o inglês. Iria custar dinheiro e muito tempo, mas estavam de alguma forma protegidos, assim andam atrás do prejuízo.

      Depois à a questão dos pack e das promoções. Funciona no curto (e medio) prazo, mas assim que os leitores se começam a aperceber do funcionamento fazem como eu e esperam que saia o pack. Ou algums pagam os livros e depois a malta como eu leva dois pelo preço de um e a editora vem dizer que não vende. Claro que não vende! Por acaso aqui algume sabe qual é o tempo medio de um livro nas livrarias? Cerca de 7 (sete) a 8 (oito) semanas se não vende neste tempo é considerado um flop.

      Já me alonguei, mas também já lancei uma achas para a a fogueira

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    3. Ois Marco,

      O objetivo foi mais ou menos cumprido do que pretendia, mas esperava por exemplo uma novidade boa para abril :P

      Em abono da verdade os livros do Robert Jordan estão esgotados e não os encontras, publicasse a SDE e acredito que teria sucesso, nao pega essa Marco, desculpa e já cá andamos à uns aninhos ;)

      Bem estamos de acordo nessa parte, apostar em escritores nacionais, olha o Barreiros por exemplo, mas ou me engano muito ou o Corte Real, não deve gostar muito de FC (estou a expecular) :D

      Ora nem mais, por exemplo será que Tigana está a vender bem ? Acredito que muita malta esteja tentada a comprar (e sei de vários casos) mas acabam por fazer o mesmo, claro está depois não vende :D

      Estás à vontade lol :D



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  3. Olá Fiacha

    Eu na minha opinião acho que a resposta não levou a lado nenhum. Ficamos na mesma.

    A resposta as divisões? Que comédia, sem sombra de duvida que as divisões de Acácia, Tigana, A Serva do Império, entre outros foram bem pensadas (continuo a espera de um 2 pack de Acácia, não me enganam mais).

    Começa-te a preparar Steven Erickon vai ser dividido até à exaustão (E duvido que seja uma saga que vá ser concluída).

    Sobre o Brasil, nada contra a SdE querer apostar no mercado de lá, mas agora ficarmos pendentes do bom sucesso para se começar arriscar mais cá. Que palhaçada.

    Anúncios de lançamentos para Abril é que nada. Depois querem que as pessoas sejam adivinhas e comprei coisas que nem ouviram falar. Ora aqui esta a razão porque muita das vezes os livros não vendem (Mas é sempre bom, dizer que a malta não aderiu).
    Não são os blogs que tem de fazer o trabalho TODO de Marketing. O Marketing da SdE anda muito, mas mesmo muito mau. A publicidade no mínimo tem de começar 1 mês antes.

    Por ultimo, a CRISE não é desculpa para nada. Sim as pessoas não compram muitos livros em PT, mas sejamos sinceros os preços são absurdos e com tanta divisão ainda afasta mais a malta. E a SdE nada tem feito para passar por "cima" da crise, quem joga por seguro dia menos dia acaba por também perder.

    Mas pronto, eles que continuem na deles, já começo a ficar exausto de tanto me repetir.

    Abraço

    [by Finisterra]

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    1. Viva Finisterra,

      Compreendo perfeitamente teu comentário e deixa-me dizer-te que muitos dos bloguers, não se preocupam minimamente com a SDE, recebem os seus livros, comentam e há quem os venda ainda por cima, mas tudo certo fazem aquilo que se lhes pede, divulgar o livro ;)

      Se as coisas não estão fáceis acredita Pedro a divulgação de um livro é muito caro mesmo, nem a mim me passa pela cabeça o quanto deve ser caro, mas há coisas que podiam melhorar sim, mas por exemplo olha a Robin Hobb, teve vários artigos na Revista BANG! (nem sei muito bem a tiragem e se chega a muitos casas) mas falta de promoção e campanhas não teve e vendeu ? Tambem tem a ver com os leitores que preferem....romance :D

      Mas de resto estou contigo, anuncios de abril, penso já haver pré-venda no site e o mais importante é a Editora tomar conhecimento de algumas coisas que possam estar menos bem, vamos ver ;)

      E já agora dava jeito o The Winds of Winter do Martin, que te parece ? :D

      Abraço

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    2. A SdE tem a Revista Bang! como meio de publicidade. E quando falo de publicidade, falo de utilizares as redes sociais, não basta colocar um link de um blog e esperar que a malta vá ler e pensar "Ok vou comprar", ao fim ao cabo se for bem pensado não gastas nada (É para isso que serve o Marketing).

      Penso que no inicio Robin Hobb vendeu bem, mas Fiacha, achas que não cansa ver 3 livros transformados em 5 e depois o processo repete na saga a seguir? Na primeira saga que tenho da Hobb penso ter lá um que não diz 1.ª Edição (Se não estou em erro é o 4.º Livro). Achas que a malta vai aguentar 19 livros de Steven Erickson, eu quero muito ler, mas não estou para gastar uma fortuna (porque é o nosso dinheiro que anda em jogo). E outra coisa eu já tenho o 1º livro de acácia a muito tempo e ainda nem lhe peguei (por causa das divisões, como bem sabes os 2 últimos foram adiados).

      Sobre as pré-vendas de Abril, por amor da santa, sabes bem os meus gostos literários. Vou já fazer a reserva para ter o meu exemplar garantido de "Mulher Solteira Procura Vingança" pode esgotar.

      GRRM dava muita ajuda de facto, mas passado 3 meses a situação ia ser igual.

      Abraço

      [by Finisterra]

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    3. lol

      Mas tens na BANG A Revelada, como novidade :D

      Sinceramente começo a ter as mnhas duvidas no Eriksson que quanto a mim foi a grande revelação do ano, mas seria uma aposta extraordinária, alias já falamos imenso sobre isso aqui no blog (lançamentos previstos para 1 semestre), mas começo a ter duvidas, vamos ver.

      Quanto às divisões, vens ao encontro que referi, respeito mas não acho benefico em nada e nem falo só pelo dinheiro, mas é uma estratégia que queres que diga mais, falei nela ;)

      Abraço (isto hoje é só abraços :D)

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    4. Estou como o Finisterra, agora quando sai uma saga nova espero pelo pack, porque a mim também já não me apanham noutra e por acaso o partilho com ele o caso do Acácia. Raios nem é preciso que seja uma saga, basta ser da SdE para eu saber que mais cedo ou mais tarde vai haver um pack ou promoção e isto é mau, especialmente para eles. Nós os leitores ficamos com a ideia que afinal os livros são mais baratos, e mais vale esperar por alguma "borla". Nese aspecto tenho de tirar o chapéu a editora de BD Devir, não há nada disso, por tanto quando quero comprar não estou preocupado se ele vão fazer um pack ou baixar o preço, compro e já está

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    5. Respeito quem gosta de P.C. Cast e Kristin Cast e ainda bem que continuam a lançar livros desta dupla (já esta na colecção Bang! a muitos anos) mas não são livros que aprecie. E depois dessa dupla só mesmo o livro "Nunca Seduzas um Escocês". Mas ora ai esta, outro livro que não aprecio. Estes 2 livros são mais para o publico feminino (nada contra).

      Mas eu como leitor gosto de planear as minhas compras no inicio do mês (assim sei o que gastar). Estar a ver anúncios aos pedaços é mau.

      Mas pronto eu bem sei que é das poucas editoras que partilha 3 meses de publicações com os fãs, mas a que saber diferenciar que as outras editoras normalmente o que tem para publicar em qualquer mês fazem-no logo quase no inicio (e não aos pedaços).
      :D

      [by Finisterra]

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    6. Concordo Fini :D

      Alias a Editora tenta divulgar as previsões com antecedência e que algumas tem fahado como sabes, mas assumiram que tentarão ser cada vez mais assertivos nesse aspeto :D

      Eu tambem não tenho nada contra quem goste desse tipo de livros, estava a meter-me contigo lol, desde que publiquem volta e meia bns livros, corvo feliz...por falar nisso próximo do feist sabes quando sai ?

      Ai Mara Mara :D

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    7. Segundo uma resposta a um fã no facebook, é para ser lançado no Verão, e eu achar que era para Maio. :( Alias já reparas-te que anda tudo a ser adiado para o verão? Enfim...

      Marco Lopes eu agora também ando numa de packs (já chega das quedas, já começam a magoar) só não comprei O Mistério de Charles Dickens porque consegui a 1.ª Parte de oferta.

      [by Finisterra]

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    8. lol

      Vai ser um verão escaldante :D

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  4. Esta resposta fez-me lembrar os comunicados que o Sr. Cavaco Silva faz ao país de tempos a tempos... Quando termina, fico a olhar e penso: "O que é que ele quis dizer?"
    Bem, espero que esta manifestação geral tenha servido para dizer "Nós estamos aqui!"
    Quanto às séries da SDE/Bang:
    "Acácia" abri mão dela... Não aguento "meios-livros" :(
    "Tigana" ficou na dúvida e ainda se mantém...
    "O Mago" mantenho, muito pela opinião positiva que tive do Fiacha.
    "Crónicas de Gelo e Fogo" é indispensável.
    Mesmo querendo ficar a par das novidades, começo a ficar à margem das séries novas com receio divisões/cancelamentos/preços.
    Neste momento, prefiro um livro individual a uma série! Assim não corro riscos.

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    1. Ois Nidia bons olhos te vejam :D

      Pois no fundo houve uma resposta mas que nos deixa algo na duvida, a verdade é que o negócio dos livros não está nos melhores dias e há que refazer estratégias, mas é isso, nos leitores da Editora estamos aqui e desejando que as coisas corram bem à Editora sem duvida, mas que nos dêm alguma atenção :D

      Acácia - Pelo andar das coisas, vai ficar suspenso, divisão sem sentido com a crueldade de não saberes tão depressa, se é que virás a saber,como acaba :(
      Tigana - Um bom livro, é Gavriel Kay, mas foi dividido, ajudou a ter mais leitores, não estará a malta á espera de m pack ? Pos depois não vende *assobio*
      Feist - Abencoado, está a vender bem e estou cada vez a gostar mais que publiquem todas as suas obras divididos ou não, mas não são muotas páginas, logo divisão sem sentido
      Martin - Tens dito ;)

      Aposta em Dan Simmons é quanto a mim o mais completo escritor que conheci até ao momento da coleção BANG e há outros muito bons mesmo, como o Ruy Bradbury (Algo Maligno Vem Ai )

      Bjs e volta sempre :D

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    2. Fiacha, nem sempre tenho tempo p/ comentar, mas ando muita vez por aqui e no facebook "escondida". ;)
      Tigana é só o I e II?
      Não tenho esperança de pack... Já lá vai o tempo em que se faziam grandes packs. Ah Saudades!
      Vou pensar se dou uma oportunidade a Gavriel Kay. ;)
      Feist, quanto livros faltarão?

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    3. Ai amiga Nidia desculpa só respoder agora :)

      Fico contente que sigas o blog e conheço os teus gostos sim ;)

      Sim o Tigana é um livro apenas na versão original, tal como os Leões de Al Rassan que se tiveres na estante é bem grandinho e vendeu bem ;)

      O Feist penso que faltam dois se falas da serie da Mara e está a ser muito melhor que a serie do Mago, pelo menos para mim :)

      Bjs :D

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  5. Bem a única coisa que mudou foi somente a resposta aos leitores (comunicação). De resto tudo na mesma. A divisão dos livros e estratégia deles em que só a SDE é sai beneficiada. No entanto acho que os argumentos da editora têm algum fundamento. Não está fácil a vida em Portugal. Certamente se as pessoas tiverem de escolher entre comer e ler não vão morrer de fome agarrados aos livros. Temos um governo que em termos culturais o incentivo é zero. Acho que a literatura (livros) deviam de estar insenta de IVA. Infelizmente a taxa de iva na literatura é alta. Se calhar devíamos era deixar de ler e começar a fumar. O tabaco não tem iva. Lol São pensamentos estúpidos eu sei. Mas parece-me que é o que o governo quer. Um país de analfabetos que é para não entenderem como gastam o nosso dinheiro mal gasto.
    Continuando na resposta da editora...acho que nunca se agrada a gregos e troianos. Eles vão apostar noutro género há de haver quem esteja contente. Vamos ter calma e pensar que realmente eles pensam em nós. Acredito que se un autor vendesse eles não deixavam de o editar. Quanto a mim ainda tenho muito a descobrir e a aprender. Não vou deixar de comprar os livros da SDE. Fiacha conta sempre comigo na divulgação. Se queremos que as coisas funcionem temos que ajudar um pouco. Editores e leitores em sintonia é o melhor.

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    1. Viva Lince,

      "Quanto a mim ainda tenho muito a descobrir e a aprender. Não vou deixar de comprar os livros da SDE. Fiacha conta sempre comigo na divulgação. Se queremos que as coisas funcionem temos que ajudar um pouco. Editores e leitores em sintonia é o melhor. "

      Esse é o caminho, embora me tenha custado ver a mudança de alguns nomes a ficar para trás e a aposta noutros, não deixa de haver boa coisa publicada volta e meia e sim podemos ajudar a divulgar ;)

      Bjs

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    2. Olá Luisa

      Os livros tem o IVA à chamada taxa reduzida: 6%. Mesmo que se isentasse os livros do IVA isso não iria muda assim tanto o preço deles (embora dinheiro seja dinheiro).

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  6. Assim de repente... veio-me à ideia a eterna frase de Lampedusa:
    "É preciso que tudo mude, para que tudo fique na mesma"
    De qualquer das formas já satisfez o facto do editor vir dar o corpo ás balas, é o mínimo que se poderia fazer numa situação destas.
    Noutras questões fiquei na mesma e não me convenceram de todo.
    Quanto ao consumo do produto SDE, Irei ponderar muito bem, antes de o fazer. Como já o faço à cerca de dois anos

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    1. Viva Nuno,

      Bem penso que ainda assim foi útil a sugestão pelo menos ficamos a saber algumas coisas que se passam na prespetiva da Editora ;)

      Tem excelentes Romances Historicos ;)

      Abraço

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  7. Boas!

    Após ver a resposta do Editor da SdE á nossas queixas deixo aqui o que penso em modo curto e directo em cada tópico:

    COMUNICAÇÃO-Ok esperar para ver pois é verdade os tempos evoluem e os canais de comunicação também , seja esperar para ver sobre a promessa feita.

    BRASIL / CRISE -Ok mais um crédito a dar e esperar que a crise cá para Portugal e depois o final dela quando vier, não seja desculpa para o futuro e mais investimento em Portugal.

    DIVISÃO DOS LIVROS- Só digo isto , e só os exemplos de 3 sucessos de outras editoras e estes exemplos de livros "bem grossinhos" de fantasia do qual gosto de ler e não foi a falta de divisão que as fez deixar de ter mt sucesso em Portugal:

    -Patrick Rotfuss e a saga " O Nome do Vento"
    -Joe Abercrombie e a saga de "A Lamina"
    -Peter V.Brett e a saga "O Homem Pintado"

    A SdE que pondere só sobre isto e que faça um reflexo se a base deles de edicão não se baseará em alguns autores divisão=lucro e não na resposta dada...


    ALTERAÇÕES DE DATAS DE PUBLICAÇÃO- resposta compreensivel e aprovada.

    SAGAS QUE FICAM A MEIO -Resposta não compreendida, como é que uma edição que tem boas vendas não é continuada... não entendo... só 1 exemplo:

    -Scott Lynch "As mentiras de Locke Lamora"


    Obrigado Fiacha pelo surgimento deste tópico á SdE e obrigado SdE a dignar-se a responder aos seus descontentes fãs, tentei ser simples e consiso e directo , pois ás vezes quanto mais se escreve menos se assimila ao ler!

    Obrigado








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    1. Viva Nuno,

      Fazes muito bem dizeres o que pensas e concordo com algumas questões que colocas bem o 3 volume do Peter V. Brett é enorme mas está a ficar cada vez mais viciante :D

      Eu ainda não desisto do Locke Lamora, quem saiba não venha a sair uma serie e que a Editora tenha ainda os direitos, mas é sem duvida do que mais me custa não ver mais publicado tal como a Hobb, Herbert e a Carey entre outros ;)

      Ora essa o comentário de todos é importante para ambas as partes ;)

      Abraço

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  8. Olá!

    Pois bem, agradeço desde já a resposta. No entanto há coisas que ficaram por esclarecer.

    Compreendo as razões da editora devido à crise e tudo isso, mas, se há crise para publicar certos livros, não há para publicar outros? Estou a referir-me aos romances eróticos que estão a ser editados pela editora. Será que o problema está em que só este género é que anda a vender e por isso as editoras têm de apostar nele? Eu não tenho nada contra o género, mas é só o que se vê por aí. Provavelmente há uns de qualidade, mas serão todos? A chancela da bang, especialmente, não era mais virada para o fantástico?

    Depois há uma outra questão. O marketing. Acho que há uma falta de publicidade a certos livros. Por exemplo, quando saiu o primeiro do Acácia, houve t-shirts. Depois houve mapas, depois packs. Com os das Crónicas de Gelo e Fogo tivemos packs com objetos e livros. Há publicidade a várias obras e depois temos aquelas que não têm direito a isso. Os livros da Robin Hobb não têm essas campanhas. Já apareceram noutros packs, mas publicidade mesmo "à grande" com ofertas, não. Depois há o do Scott Lynch: vinte e tal euros, sem publicidade quase nenhuma. Conheci o livro por intermédio do Fiacha, que faz um excelente trabalho ao divulgar as melhoras obras do género fantástico. Não é de estranhar que o livro do Lynch não tenha vendido muito! Com o preço a que saiu e sem muita publicidade, o que se estava à espera? Depois começaram a vir nos packs, mas mesmo assim... lá fora as obras deste autor são um sucesso. Comprei o terceiro livro dos Cavalheiros Bastardos por 18 euros, hardback, em inglês. A editora inglesa fez montes de publicidade com ofertas aquando da saída lá em Inglaterra. Depois têm sucesso nas vendas. Talvez fosse bom estudar melhor a forma de divulgação. Sei que há bastante divulgação, tanto no site, como no facebook, newsletters e até aquelas campanhas dos jornais e revistas. Mas podem melhorar ainda mais.

    E a parte da divisão dos livros, mesmo com o argumento dado, é estranha. Porque é que o livro do Tigana foi divido em dois? Cada um tem cerca de 300 páginas. Não dá para editar livros com 600 e tal páginas? O livros do Patrick Rothfuss (O Nome do Vento) tem quase 900 páginas e a 1001 Mundos editou-os sem dividir. Quem quer mesmo ler os livros, quem é fã de verdade, não vai não comprar por causa do tamanho. Ou então, ponham as divisões mais baratas, porque comprar, por exemplo, os do Tigana, são (arredondando) 2x 17 euros. O livro no todo devia andar pelos quê? 20 euros? Acho que é um bocado pedir de mais aos leitores. Dando como exemplo novamente o livro nomeado acima, do Patrick Rothfuss, anda por volta dos 18, 19 euros e por vezes há promoções maravilhosas em que está a 10 euros. Se tivesse sido dividido seria o dobro do preço. Nós pagamos o dobro do preço de cada livro ao comprar dividido. Se não for o dobro, anda lá perto. Esse deve ser outro motivo para as duas trilogias da Robin Hobb não terem vendido tanto quanto se esperava. Três livros para cada, no total temos 10 livros! Cinco de cada saga, quase todos a 19 euros, mais ou menos. A política da divisão pode ser sempre explicada, mas são os leitores que a pagam com o seu dinheiro, se estiverem dispostos a isso. Aí está a explicação para a crise. E depois ainda se tem de ficar à espera da outra metade do livro! E se não sair? Se a primeira parte não tiver sucesso?

    Volto à carga com as séries da Robin Hobb. Gosto mesmo muito e por isso sou teimosa. A autora vai continuar a publicar sobre o FitzCavalaria. Não vão continuar essa serie? Não são standalones, eles continuam. Foi a resposta para As Mentiras de Locke Lamora. Não é standalone. Mesmo que pareça. Não é. Nenhum standalone termina como os livros do Scott Lynch sobre o Locke terminam. Ao menos, assumir que é pela falta de vendas é mais real.

    Continuo a achar que há muitas melhoras a fazer, mas agradeço a resposta.

    E agradeço ao Fiacha por ter dado voz a todos nós. Obrigada Fiacha!

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    1. Viva Maria Rita,

      Partilho o teu sentimento em muito do que dizes e acredita não desistas de lutar pelo Lamora, pela Robin Hobb um dia tudo pode mudar, vai por mim o importante é fazermos a nossa parte.

      O foco da minha sugestão foi mesmo a comunicação que espero possa ter sido útil e claro a Editora sentir o sentimento daqueles que tanto dela gostam.

      E vão fazer melhor se continuar assim o pais não aguenta nem é pela Editora, mas pelo nosso pais :D

      Nada a agradecer eu é que agradeço os vossos comentários, são importantes para o objetivo que se pretende ;)

      Bjs

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  9. Olá amigo corvo. :)

    A SdE sempre foi uma das minhas editoras preferidas e efectivamente não tenho muitas razões de queixa, pois, tal como sucede contigo, tenho parceira com eles e são bastante atenciosos comigo. Todavia, fiquei realmente muito triste com as últimas notícias anunciadas sobre sagas que irão ficar a meio, autores que serão deixados de lado, etc. Eu percebo que para continuarem a investir numa saga é preciso que a mesma venda, que uma editora é um negócio e que não são a primeira editora a fazê-lo, mas não deixa de ser triste que desistam de uma saga a um livro de terminar, Melissa Marr, por exemplo, ou a dois livros de terminar, como é o caso de Patricia Briggs. A editora habitou-nos a uma certa confiança neste aspecto, em que pensávamos, de certo modo, que mais tarde ou mais cedo, os livros iriam saindo e estas últimas notícias foram como um balde de água fria...

    Deixa-me igualmente triste que desistam de autores como Robin Hobb e Jacqueline Carey, por não terem a aceitação desejada. Lembro-me que numa altura um representante da editora defendeu que investiam em obras mais comerciais para poderem investir em autores que sabiam que não vendiam tanto, mas que valiam a pena e infelizmente deixaram de fazer isso... Mas quem sabe se outra editora não pega nestas escritoras?! É esperar para ver...

    Quanto ao contacto com o público, eu ainda não me tinha apercebido desta realidade até ao teu post confesso, mas depois acompanhei vários comentários de pessoas que não receberam qualquer resposta e também eu deixei uma pergunta/sugestão que não sei se será respondida, o que deixa e com razão os leitores insatisfeitos. Espero que a editora tenha esse ponto em atenção e que melhore...

    Parabéns pela tua coragem em expor estas ideias e espero sinceramente que a editora leve estes pontos em consideração. :)

    Beijinhos

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    1. Amiga Rita,

      Tu que és tão pacifica aqui estás a dar voz ao que sentes e fazes bem :)

      Sim a SDE e em especial o amigo da comunicação com os blogues é IMPECÁVEL justiça lhe seja feita e partilho o teu sentimento de vermos a SDE a levantar a cabeça e olhar ao que se está a passar com os seus leitores ;)

      Vai levar acredito que sim, embora a resposta tenha sido a possivel e pouco adiante vamos esperar por tempos melhores :D

      Por acaso estou a ler um escritor, Dan Simmons que realmente é dos bons tempos da SDE, agora Presença, 1001 Mundos e SDE começa a tr tudo um catalogo muito idêntico, mas pronto isso é a vontade do mercado o que é pena ;)

      Bjs

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    2. Vontade do "Mercado" ou vontade das Editoras? Só podemos comprar o que está à venda...

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  10. Olá Fiacha,

    Pois até é capaz de ser verdade aquilo que o senhor diz, de que com menos vendas tenham cancelado certas sagas que ficam a meio, mas não nada como explicar as coisas como deve de ser.
    Mesmo assim eu acho que a editora deixa a desejar o contacto com os clientes que antes era mais atento e correcto.
    Mas isto também é como um pau de dois bicos, tanto dá para um lado como para o outro e já dizia a minha avó, só se sabe o que se passa no convento quem está lá dentro.
    Isso da divisão dos livros a mim, não me diz nada eu não me assusto com o tamanho dos livros se for grande e me despertar interesse leio na mesma, mas concordo que se for divido passe a ser mais barato.
    Sei que há muitas gente chateada com as promoções dos packs, pois compram os livros quando saem mais caros e meses depois aparecem packs muito mais baratos, também a mim já me aconteceu, mas olha paciência é o que dá ser-se apressados, as cadelas apressadas parem os canitos cegos, e aprece ser verdade, mas é aquela sofreguidão de quer saber mais do que se passou.
    Isto dava pano para mangas, mesmo se a maioria estiver contente há sempre alguém que discorda.
    Muita gente vai ficar zangada com as sagas que ficaram incompletas à espera que a crise acabe para ver se têm na reviravolta e vendem mais para se puder voltar a publicar, quando publicam livros ditos eróticos que quanto a mim não prestam, pois já tentei ler e desisti, acho que esse dinheiro era mais bem empregue outros títulos mais apelativos, mas isto é a minha humilde opinião.

    Beijocas

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    1. Ois Angelina,

      Obrigado por partilhares a tua opinião, cada um lê o que gosta e são as regras do mercado que ditam o que se publica, as pessoas querem erotismo, seja feita a vontade lol, e acredito que exista alguns livros que até sejam interessantes sem duvida.

      Penso que aqui o importante é ficarmos com a ideia de um lado e de outro e penso que a Editora deu para perceber que pode melhorar alguns aspetos e ter verificado que há muito leitor descontente ;)

      Jokas :D

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    2. Olá Angelina

      É verdade cadelas apressadas parem os canitos cegos, mas e como disse mais acima, os livros tem cerca de 7 semanas para vingar nas livrarias e se não vende... Portanto esses apressados são quem, de certa forma, faz as modas do mercado.

      Isto das sete semanas foi dito pela editora Maria do Rosário Pedreira no seu blog:

      http://horasextraordinarias.blogs.sapo.pt/105877.html

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  11. Antes de mais, agradeço ao Editor ter vindo dar uma satisfação aos fãs.
    As questões não são de agora, é certo, e é verdade que as respostas não vêm mudar quase nada, mas pelo menos, quebrou-se um ciclo de não-comunicação que parecia estar a irremediavelmente a ser instalado.

    Compreendo todas as respostas, acredito na crise, sim, eu própria apesar de muito afortunadamente manter o emprego e só te de me sustentar a mim própria, tive diminuição de rendimento com aumento de contas para pagar. Escolhas? Uma delas foi flagrante: em vez de ir logo a correr comprar o tal livro que saiu, penso bem se o quero, e se a resposta for sim, espero por promoções!
    Agora quem não tem mesmo capacidade financeira, qual é a primeira escolha? Cortar no que não é essencial, e aí a cultura é um alvo fácil! :(

    Percebo o colocar de sagas de lado,o adiamento sucessivo de certos autores - estou há anos à espera da conclusão da trilogia do Titus, de Mervyn Peake!
    Detesto essas escolhas, mas a edição é uma atividade comercial, tem de haver lucro.
    Isto faz-me lembrar as séries de tv que são canceladas, que podem ter milhares de seguidores, mas que depois se esses milhares não chegam à fasquia x, cancela-se a série. Fiquei "pendurada" em algumas, portanto este problema não é exclusivo do mercado livreiro, nem do nosso país. :(
    E depois há a pouca publicidade, sim. Só comprei livros como Lamora, Carey (neste caso a divisão foi criminosa, o 1º volume em Português não convence a compra de seis livros), a Hobb, e até o Os Leões de Al-Rassan porque o Fiacha mos recomendou, porque passaram-me totalmente ao lado nas lojas. E quando falo a amigos meus apreciadores do género, também nunca ouviram falar deles! E sabendo das divisões, nenhum deles se quis meter nisso! :(

    Pois, o único argumento que não me convence, de facto, é o da divisão, pelos argumentos que já todos referiram, e o exemplo mais flagrante é mesmo a saga do Rothfuss. Mas, se não me engano, no último volume publicado cá também foi dividido (depois de fazerem um tijolo único, lembraram.se que só era viável de dividissem??). Entretanto, temos os livros do Paolini, que também eram calhamaços, e penso que nunca foram divididos...
    Claro que estas editoras pertencem a um macro-grupo, a Leya, que o capital e a capacidade de investimento devem ser muito maiores. Mas estou como a Maria_queenfire, se é mesmo impossível não dividir, porque é que tem de custar o mesmo cada "sub-livro", como se fosse livro único? Se se divide o livro para facilitar a produção, então o custo final de cada volume deveria ser ligeiramente mais baixo. Não digo que de um volume original de 20 euros passe a dois livros de 10 euros cada, porque aí o ganho da editora em dividir era zero, mas que rondasse aí uns 12 ou 13 euros, por exemplo, já era capaz de convencer mais compradores de que não estão a ir-lhes ao bolso. Agora dar 17 a 20 euros, ou seja, 34 a 40 euros por um livro, é demasiado.
    Houve, há tempos, uma "gatunagem" ainda mais flagrante, cortesia da editorial Presença: quando saiu "Os Pilares da Terra", do Ken Follett, o original tinha mais de mil páginas e dividiram em dois - a opção teve uma certa lógica, mas depois em vez de 20 mocas por cada volume (o que já era caro que chegue), pediam, na altura, 25 euros!!! Quase me deu uma coisa má! Resultado, virei-me para a prateleira da literatura estrangeira e trouxe o livro completo por 11 euros e tal!

    Resumindo, penso que com mais de 900 páginas, a divisão possa ser uma opção a considerar, mas nunca por sistema, como parece ser o caso da SdE, e não com os preços praticados atualmente. Assim não há bolsas que resistam. :(

    Embora tenha alguma facilidade com o Inglês, detesto ler noutra língua que não a minha. Continuo a preferir esperar e comprar em Português (por isso ainda não fui procurar o fim da trilogia do Titus no original, por exemplo).
    Mas cada vez escolho mais e compro menos, é certo, e quanto a isso não há nada a fazer, pelo menos num futuro próximo. :(

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    1. Viva Paula,

      Fiz a minha sugestão a Editora agora que resolva qual a melhor maneira de sair da crise, vamos ter esperança e mesmo este ano ainda podem vir ai boas novidades, quanto ao resto ....

      Bjs

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  12. Já chego um pouco tarde a esta “discussão”, mas nunca é tarde para “morrer na praia”.

    Fico estarrecido com esta justificação do LCR da SdE.

    A qual me deixa com o mesmo “vazio” com que vejo a FC desaparecer das prateleiras das livrarias.

    Porque se lerem com atenção o texto publicado no Facebook, perceberão tudo: perceberão porque, neste país, quase só se publica merda (atenção: dentro do fantástico!), e o Fantástico pura e simplesmente não faz parte da equação.

    Então não é que a SdE, ao mesmo tempo que apregoa como imagem de marca ter a melhor coleção de Fantástico em Portugal, e até pretende “transladar” este Saber de experiência feito, para terras de Além-Mar, admite que, de momento, esta “excecional” coleção se mantém numa espécie de limbo editorial, publicando apenas (à falta de melhor termo) subliteratura para leitores indigentes e imberbes, mas que compram!

    E isto devido a quê?

    Resposta inovadora, meus amigos, e nunca referida (vejam lá!): culpa da CRISE!
    A justificação, que pecará pelo seu ineditismo, explicará porventura por que razão a cerveja atualmente se produz sem centeio mas de igual forma com centeio, o bife do lombo de boi afinal é de vaca, e o porquê de não se publicarem obras literárias de valor mas somente obras de valor literário (procurem nas livrarias a maior obra literária do século passado que NINGUEM NUNCA LEU mas que tem mais uma edição, “Ulisses” de James Joyce, e coloquem na vossa estante para “serem” literariamente cultos!).

    O zé-leitor-portuga não terá dinheiro para bons livros, mas tem com toda a certeza esse “mesmo” dinheiro para obras merdosas! ??.....
    Brilhante!
    O importante é que haja sempre mais livros destes autores à venda.

    Depois da Crise a culpa, agora já em segunda mão, é do leitor, porque é inculto, primário, iletrado, "não chega lá", nem gosta...

    Recordo, no entanto, que durante um regime ditatorial que durou longos anos, e em que as suas maiores “bandeiras” se reduziam à miséria e ao analfabetismo (não, não se trata de ignorância de foro anal), floresceu uma das maiores coleções de FC do mundo!
    Ou talvez por isso!

    Senhores editores: vendam o que quiserem. São livres de o fazer neste mercado cada vez mais igual e global.

    Mas não vendam só a IDEIA, concretizem-na.

    Cultivem os leitores, e acreditem que há imensos com bom gosto, curiosos e “ansiosos”, mas não “conhecem” “o sabor”, porque nunca lho deram a “saborear”.

    Não lhes deem P.C. Cast aos 13 anos na vã esperança de que exijam Simmons aos 17!
    E se lhe derem Cast aos 17 que quererão aos 21?

    Arranjem estratégias,arrisquem, eduquem o "gosto", sejam os "primeiros" a EXIGIR, criem também os “bons” leitores, invistam. É o vosso trabalham.
    A não ser que pretendam, muito legitimamente, aburguesar-se, mantendo o muito “fashion” ar “freaky”.
    A isso chama-se liberdade de escolha.
    Mas não arranjem desculpas, à sombra da bananeira!

    O rei nem sempre vai nu só porque não tem nenhuma peça de roupa vestida.

    Meus amigos: isto já cansa.

    Aproveitem e leiam, agora numa tradução do João Barreiros “Guerra Eterna” de Haldeman, um grande da FC.
    Pena que da irrisória FC editada por cá se não aposte em autores e obras nunca publicadas por cá! Mas esta vale a republicação!
    Eu já li, mas vou reler nesta nova tradução.

    Fiacha: algures no tempo ofereci-te o livro “ Camuflagem” do Haldeman: vai lá retirá-lo do local onde está a ganhar verdete, e toca a ler,ler,ler!:):):)

    Ubik

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    1. Viva Ubik,

      Sempre a tempo de dares a tua opinião ora essa, e como referi não sei se viste as sugestões que dei para haver esta resposta, agora espero que as coisas melhorem e que isto vá para a frente, independetemente desta resposta que sendo a possivel não trás nada de novo :(

      Quanto a esse livro que referes já nem me lembro, mas estou a ler Os Olhos de Allan Poe do Louis Bayard que foste tu que me ofereceste e já li o Margarida e o Mestre :D

      Falta-me um do King e o Último Livro do Zoran Zivkovic mas esse que referes não tenho mesmo ideia :(

      Abraço e manda sempre :D

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  13. Caro UBIK, na devida altura, quando me preposeram a trad da GUERRA ETERNA, disse-lhes que o livro já existia na EA, e porque não publicarem outro do Haldeman, do mesmo calibre deste, chamado MINDBRIDGE? O editor declarou desconhecer a existência de tal livro. E insistiu na GUERRA ETERNA. Enfim...outro dos males das edições portuguesas, foi a canibalização. Furiosamente, durante anos, a Argonauta, a EA, a Caminho, a Panorama continuaram a editar precisamente os MESMOS livros, como se não houvesse outros dos mesmos autores, igualmente interessantes. E nessa altura estávamos nós no Sétimo Céu, ignorantes do horror que estava para chegar...

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    1. Caro Barreiros,

      Independentemente dessa canibalização, que diga-se contribuiu em grande parte para o horror que descreves e em que mergulhámos sem apelo nem agravo, pois representa o contumaz veiculo para um desinteresse e um desinvestimento nesta literatura Maior que teimam em querer diminuir, reduzindo-a ao "gettho" do Nada publicável, doi-me profundamente, fere-me as "meninges", pensar que mesmo assim o " Guerra Eterna" será lido por meia duzia de neófitos distraidos e por menos de meia duzia de teimosos, e que qualquer hipotese remota de termos o "Mindbridge" ou Outros, se reduz a uma possibilidade...impossível!

      Quando penso no que terá motivado a Circulo de Leitores, algures no tempo, a publicar o primeiro volume da série "Worlds" do Haldeman sem ideia de continuidade, interrogo-me de onde vêem e para onde vão os editores lusos, e no que pensam ou sabem.

      E depois disto, o Horror do oblivio...

      Meu caro, a verdadeira Guerra Eterna é aquela que se trava diariamente contra esta cada vez perfida máquina editorial lusa anti-FC.

      O campo está completamente minado por editores ignorantes!

      Ubik

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  14. Bom, se não me engano, aconteceu o seguinte: havia nesses tempos idos, um tipo chamado José Santandré que fazia criticas de FC para um dos jornais, não tenho a certeza se não seria o Expresso. Bom, o Círculo de Leitores contactou-o e disse-lhe que a empresa extava interessada em iniciar uma nova colecção de FC para ver no que dava. O Círculo não queria o Santandré como director. Queria apenas uma lista de 20 livros, toma lá uns vinte contos, boa tarde e risca ao meio. O Santandré como era um classicista, escolheu clássicos, mas mesmo assim ainda entraram um Delany (Nova, pavorosamente traduzido pelo Eduardo Saló) um Blish, um Herbert. E mais um ou dois que a Gradiva lhes vendeu, como o Jem do Pohl e a Longa Tarde da Terra do Aldiss. Acho que nunca chegaram a atingir a totalidade dos 20 livros prometidos, mas o Haldeman devia ter ficado entre eles. ( na altura ainda não tinha saído o resto da trilogia). Tentaram vendê-los às donas-de-casa e a experiência falhou redondamente. Por essa altura, (86,87), também eu levei a machadada da Gradiva. O livro que gerou o golpe fatal, foi, claro está, o Neuromante, que não vendeu nada e acabou nas prateleiras dos livros infantis e no sector de informática. Foi uma época de glória mas tão efémera como a vida das borboletas.

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  15. Correcção: do Delany não foi o Nova o livro publicado, mas sim o Babel-17

    http://www.alfarrabista.eu/livros.php?coleccao=100668&tematxt=Romances%20de%20fic%E7%E3o%20cient%EDfica

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  16. Olá amigo Fiacha,

    Demorei mas cheguei :)

    Bem… que dizer… acho que o Luís Corte Real fez o que era politicamente correcto… ou seja, veio a "público" dizer de sua justiça… se isso é algo que muda alguma coisa ou não no futuro, não sei… mas duvido…

    Eu não consegui ler todos os comentários (não por falta de interesse mas mesmo por falta de tempo) mas houve uma frase que o Ubik disse que acho que diz tudo no que toca a cancelar autores por causa da crise… "O zé-leitor-portuga não terá dinheiro para bons livros, mas tem com toda a certeza esse “mesmo” dinheiro para obras merdosas! ??…..". Acho que o problema da editora reside mesmo aqui… eu até compreenderia se a editora dissesse: vamos abrandar o número de novas publicações… agora, cancelar escritores que já estão no mercado (bons ou maus) com um número elevado de livros é quase ridículo… e a meu ver um bocadinho de falta de respeito para com os compradores que agora, após investir o seu dinheiro (mesmo em tempo de crise!) se vêem com sagas a meio… duas hipóteses para esses leitores: 1 - ler em inglês (que sabemos não ser a realidade da maioria dos portugueses leitores); 2 - Olha… escrever eles mesmo o final para as sagas porque nunca os vão saber…

    A crise é a culpada de muita coisa… mas não pode servir como engodo para tudo…

    Quanto à falta de comunicação, veremos como se procede daqui para a frente… bem sei que não tendo facebook perco metade das divulgações, mas ainda existe um fórum moribundo que não deveria ter sido abandonado como foi… mas enfim… são escolhas da editora… também temos duas hipóteses: 1 - aceitar, ou 2 - partir para outra…

    Infelizmente não posso gastar o meu dinheiro em todos os livros que eu quero, mas se pudesse já estaria, com certeza, a gastar menos na SdE… com muita pena minha…

    Esta é só a humilde opinião de quem tem na estante da casa quase todos os seus livros com a marca da SdE…

    Beijinhos e obrigada por partilhares aqui a resposta dele!

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    1. Ois miga,

      Fazes muito bem partilhar a tua opinião sejam elas boas ou más o importante é a Editora veja o que os seus leitores sentem.

      Aquilo que me parece e entristesse é que perderam muita gente com esta falta de comunicação...vede Forum Bang....e muita gente já nem se está para chatear para que isto ande para a frente, mas vamos ter fé que as coisas mudem, tem que ser desta forma ;)

      E sim foi muito a pensar em ti que fiz esta mensagem, pois sei que não tens FB :D

      Bjs

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